Apesar de estreantes em Jogos Olímpicos, as pernambucanas Erica Sena e Cisiane Dutra já vão começar o evento do Rio de Janeiro, em agosto, fazendo história para o atletismo do Brasil. Pela primeira vez, o País vai ter duas representantes nos 20km da marcha atlética do torneio poliesportivo. Elas entram em ação no dia 19 do referido mês, já na reta final da Olimpíada. A presença das atletas do Estado também devolve ao Brasil a representatividade olímpica na prova entre as mulheres. Em Londres-2012, o País não teve ninguém na disputa feminina.
Cisiane conseguiu cumprir a meta pessoal de fazer o índice para os Jogos ainda em 2015. A pernambucana venceu o USA TF Open, em outubro, em Nova Iorque (EUA), com o tempo de 1h34min21. Essa é a melhor marca da atleta que tinha a intenção de obter a qualificação com antecedência para se preparar com mais tranquilidade até sua estreia na Olimpíada. A marca mínima de classificação para os 20km da prova da marcha atlética era de 1h35.
Erica Sena, por sua vez, foi a primeira brasileira do atletismo a conquistar o índice olímpico. Em março do ano passado, ela encerrou a etapa da Eslováquia do IAAF Race Walking Challenge (o Circuito Mundial da modalidade) com o tempo de 1min29s37. Desde então, vem evoluindo a cada competição. O melhor tempo de Erica é 1h27min18, estabelecido na Copa do Mundo de Marcha Atlética, no mês passado, em Roma, na Itália.
Além de estar “voando baixo” nessa reta final do ciclo olímpico, Erica também vem conquistando resultados tão expressivos para a história da marcha atlética feminina do País que aparece, ao lado de Fabiana Murer (salto com vara), como uma das favoritas a trazer uma medalha para o Brasil no atletismo dos Jogos. Em julho de 2015, ela obteve a prata no Pan de Toronto. A medalha foi a primeira do País na especialidade na competição. Apenas um mês depois, a pernambucana ficou em sexto lugar no Mundial de Atletismo da China, colocação inédita para o Brasil entre as mulheres a nível global.
Apesar das expectativas em torno de ser desempenho no Rio, Erica não se incomoda. “Pressão um atleta sempre vai ter, seja por competir no seu País, por fazer um determinado tempo ou por uma briga por medalha. Espero poder controlar as minhas emoções, tanto por estar em casa quanto perto da família para ter um bom resultado”, comentou.