É hora de apagar os traumas do passado. Após ficar duas horas à deriva na última edição da Regata Internacional Recife - Fernando de Noronha (Refeno), ano passado, o multicasco pernambucano Ciranda busca fazer diferente em 2016, como os demais barcos que participam da 28ª edição.
Tudo aconteceu num sábado, 26 de setembro de 2015. A embarcação seguia viagem tranquila rumo ao arquipélago. Até que, à noite, enquanto os tripulantes dormiam, veio o inesperado. O Ciranda teve seu mastro quebrado em pedaços e terminou a prova cinco horas após o previsto – o repórter do JC Leonardo Vasconcelos (estava cobrindo a regata), fazia parte da tripulação.
Restando cerca de 80 milhas náuticas, aproximadamente 148 quilômetros, o barco perdera a luz de navegação e o rádio de comunicação. Duas horas depois, a tripulação foi resgatada por outra embarcação pernambucana, o Kaka Maumau. Devido ao problema, o multicasco precisou utilizar a ajuda do motor, o que não é permitido pelas regras da competição.
Passado o susto, o objetivo agora é ter uma regata mais tranquila em 2016 e, de quebra, obter um bom resultado ao final da prova. De acordo com o comandante Sérgio Avellar, o barco foi reformado, o mastro recolocado e a tripulação já está pronta para o novo desafio.
“Agora nós estamos com mastro novo, vela nova, a equipe está mais bem treinada. Então, a expectativa é terminar a regata no menor tempo possível. A meta é atingir a linha de chegada em 34 horas. Chegar e chegar bem”, destacou o comandante, que ainda declarou confiança para a regata e se disse ansioso. “Não estamos traumatizadas com o que aconteceu no ano passado. O grupo está preparado e eu mal posso esperar para ir a Noronha mais uma vez”, concluiu.