Maicon Andrade, bronze na Rio-2016, levou calote da Confederação

Entidade máxima do taekwondo no Brasil deve ao mineiro a premiação pela medalha e o reembolso de passagens aéreas
Luana Ponsoni
Publicado em 27/10/2016 às 10:00
Entidade máxima do taekwondo no Brasil deve ao mineiro a premiação pela medalha e o reembolso de passagens aéreas Foto: AFP/Ed Jones


O mineiro Maicon Andrade, medalhista de bronze de taekwondo dos Jogos do Rio, revelou, nesta quinta-feira (27), que a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTK) ainda não realizou o pagamento da premiação prometida caso ele fosse medalhista. O atleta também afirmou que não recebeu o reembolso por algumas passagens aéreas. Segundo o lutador, a dívida da entidade com ele é de R$ 23 mil. Desses, R$ 12,5 mil seriam referentes ao prêmio e R$ 10,5 mil ao custo do translado de duas viagens.

 “O prazo para o pagamento era até sexta-feira passada e agora a Confederação só enrola, me deu um calote. Não estou aqui mendigando, a questão é que ganhei a medalha e mereço. É um descaso total”, revelou Maicon no Centro de treinamento, em São Caetano do Sul, em entrevista à Veja.

MAIS CALOTES

Segundo o atleta, o governo também lhe deve. No caso são os rendimentos bolsa-atleta, vencidos desde o ano passado. Maicon afirma que sua única fonte de renda vem sendo os R$ 1.700 pagos pela prefeitura de São Caetano. “Após os Jogos, nada mudou. Achei que fosse melhorar o esporte, que as coisas fossem melhorar para mim, mas não. Se estava ruim antes, a situação agora está muito pior. A Confederação nem conversa comigo”, lamentou.

As viagens que Maicon tirou do próprio bolso não foram para ele. O atleta mineiro conta que na preparação para a Olimpíada, ele custeou a viagem de dois sparrings (parceiros de treino) iranianos para o Brasil. O objetivo era simular lutas contra os possíveis adversários que teria na Rio-2016.

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