A semana está sendo de boas notícias para a ponteira Tifanny, de 33 anos, do Bauru. Depois de ter a contratação anunciada pelo clube paulista na última terça-feira (5) e se tornar a primeira transgênero da Superliga Feminina de Vôlei, ela ainda teve uma possível convocação à seleção brasileira endossada pelo técnico José Roberto Guimarães. Alheio aos preconceitos envolvidos no tema, o comandante do Brasil declarou a blog especializado do Estadão que não descarta contar com Tifanny na equipe nacional. Para isso, basta que ela corresponda tecnicamente.
"A questão é bem simples. Se a Tifanny render dentro de quadra o esperado e fizer a diferença tecnicamente falando, passa a interessar como qualquer outra atleta. Quero o melhor para a seleção. Se for o caso, irei consultar a CBV e, como a Tifanny está liberada juridicamente para jogar a Superliga, não vejo problema algum em ser convocada. Basta que ela esteja elegível", declarou.
A jogadora foi liberada, em janeiro deste ano, pela Federação Internacional de Vôlei (Fivb, na sigla em inglês) para competir entre as mulheres. Para isso, Desde o ano passado, o Comitê Olímpico Internacional (COI) permite a presença de transgêneros em torneios femininos desde que estejam com a testosterona controlada. Do contrário, a atleta cai no antidoping.
De acordo com a jogadora, que procedeu com a cirurgia de mudança de sexo, seu nível de testosterona é inferior a 10, como manda a regra.