Em rápida passagem pelo Recife ontem, o técnico da seleção brasileira masculina de basquete, Aleksandar Petrovic, bateu um papo descontraído com atletas, dirigentes e técnicos ligados à modalidade no Estado. A conversa aconteceu na quadra do Colégio Salesiano, na Boa Vista, região central do Recife, e teve como tema central as mudanças que Petrovic está empreendendo na equipe do Brasil.
Ele assumiu o comando da seleção em 2017, já sabendo dos desafios. A Confederação Brasileira de Basquete (CBA) vive uma crise institucional que impactou de forma significativa a modalidade no País. Em 2014, a equipe masculina disputou o Mundial da Espanha na qualidade de convidado por não ter conseguido se classificar. Nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, novo vexame. O time da casa sequer superou a primeira fase, vencendo apenas um jogo, contra a Espanha, por apertados 66 x 65.
Aleksandar Petrovic esteve nos Jogos do Rio com a Croácia, seu país natal. Os croatas, inclusive, venceram o Brasil por 80 x 76. “Quando chegou a oferta de treinar o Brasil, eu recordei desse jogo. E eu já sabia quais eram os problemas. Primeiro, a defesa, quando se tinha o bloqueio direto com o pivô. A segunda coisa é que, em nível internacional, ninguém joga com dois pivôs. Todos jogam com um pivô e um ala, que atua mais aberto e abre espaço, por onde se joga com mais tranquilidade”, observou.
Petrovic trabalha para credenciar o País ao Mundial de 2019, na China. O país fechou os duelos sul-americanos na vice-liderança do Grupo B, com 11 pontos, atrás da Venezuela, que tem mesmo saldo. O Mundial é classificatório para os Jogos de Tóquio-2020.