Ayrton Senna e Alain Prost protagonizaram uma grande rivalidade. Em função dos 25 anos da morte do brasileiro, o francês revelou à Agência France-Presse (AFP) detalhes da relação com Ayrton.
RIVALIDADE
São coisas que podem ser explicadas, mas não completamente. Não há um só dia em que não se fale disso. Nas redes sociais todos os dias há praticamente alguma coisa, é fenomenal. Deixamos uma marca. Vimos chegar os grandes meios de comunicação, porque existia essa batalha humana entre dois pilotos de carisma, cultura e educação diferentes. Esta rivalidade foi incrível, mas estava também ligada a toda a cena e, infelizmente, a morte de Ayrton a deixou congelada. Na realidade, eu só corri dois anos com ele na mesma equipe, e só quatro ou cinco anos no total. Fiz muitas coisas, ganhei muitas corridas e campeonatos sem ele, mas nossa história está completamente ligada. Não há um momento em que, se você fala de Prost, não mencione Senna e vice-versa. Não só minha carreira, mas também minha vida está ligada a ele. Vivo com isso há cerca de 30 anos.
PESO
Quando corríamos um contra o outro havia, 'a grosso modo', uns 50% das pessoas que te adoravam, e uns 50% que te odiavam. Era realmente incrível. Depois que deixei a F1 em 1993 já foi diferente. Felizmente houve seis meses quase de amizade a partir do momento em que larguei a F1 até o acidente. Isso mudou por completo a relação. E depois da morte de Ayrton, eu diria que os fãs de Senna - claro que não todos, se uniram por uma história em comum, não ao Prost contra Senna, e isso é bonito.
SEGURANÇA
Já havia um pequeno passo adiante, mas - é duro dizer isso porque houve um acidente fatal de Roland Ratzenberger no sábado e outro acidente de Rubens Barrichello na sexta-feira - sem o acidente de Ayrton no domingo não teriam existido grandes mudanças.