Pernambucanos estão preparados para a disputa dos Jogos Paralímpicos

Dez competidores vão representar o Estado nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, a partir de quarta-feira
Gabriela Máxima
Publicado em 05/09/2016 às 17:02
Dez competidores vão representar o Estado nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, a partir de quarta-feira Foto: Daniel Zappe/CPB


O Rio de Janeiro está praticamente preparado para receber a segunda maior competição esportiva do mundo: os Jogos Paralímpicos, a partir da próxima quarta-feira. Como já é uma tradição, Pernambucano contará com representantes de peso no evento. No total, serão 10 para-atletas disputando cinco modalidades. São eles: Jenifer Martins, Jeohsah dos Santos, Ana Cláudia Maria, Roseane dos Santos (atletismo), Rosália Ramos, Ed Júnior José, Erick Epaminondas (basquete em cadeira de rodas), Natália Mayara (tênis em cadeira de rodas), Phelipe Andrews (natação) e Raimundo Nonato (futebol de 5).

PARA-ATLETAS

O grupo local apresenta uma ampla diversidade, sendo o mais jovem competidor Jeohsah, para-atleta de 21 anos. Natural de Pesqueira, no Agreste do Estado, ele faz sua estreia na competição com a disputa do salto em altura, prova em que é recordista brasileiro com 1,74m. Embora tenha uma carreira bem recente no esporte profissional, ele tem potencial para ser o grande nome da modalidade no País. “Eu vou lutar para representar muito bem minha Pesqueira nos Jogos Paralímpicos”, pontuou.

Se Jeohsah é atleta mais jovem entre os pernambucanos, Rosinha é a veterana mais experiente. Com 44 anos, a para-atleta segue para sua terceira edição dos Jogos. Sua primeira participação em Paralimpíada aconteceu em Sidney-2000, quando faturou duas medalhas de ouro no arremesso de peso e no lançamento do disco. De lá para cá ela se tornou a referência das provas de arremesso no País e voltou a competir em Pequim-2008. Só ficou fora de Londres-2012 por conta de um câncer na garganta. Recuperada desde o ano passado, ela já ganhou o bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto e volta a integrar a seleção nacional em uma Paralimpíada.

Com 61 competidores, o atletismo é o esporte com maior número de representantes na competição. No âmbito local, também é a modalidade com mais pernambucanos. Jenifer e Ana Cláudia completam o quarteto. A primeira segue para sua terceira disputa paralímpica e está inscrita em duas provas: salto em distância e 100m rasos na classe T38 (para atletas com paralisia cerebral). A segunda fará sua estreia no evento nos 100m rasos, pela classe T42 (para amputados). 

Entre os esportes individuais o Estado ainda conta com a jovem tenista Natália Mayara. Com 22 anos, ela vai participar de sua segunda edição das Paralimpíadas. Sua estreia aconteceu em Londres-2012, quando ela foi a primeira brasileira a representar o País no tênis em cadeira de rodas no evento. Infelizmente, foi desclassificada pela então número dois do mundo, a holandesa Jiske Griffioen. Para a pernambucana, a derrota foi encarada com o maior aprendizado na carreira e principal impulsionador para os Jogos do Rio-2016. “Tudo o que fiz a partir daquele momento foi pensando no meu desempenho de hoje”, observou a tenista, que, de fato, é uma das favoritas ao pódio paralímpico.

Na natação o nome de destaque é Phelipe Andrews, que já faturou três pratas em Paralimpíadas e aporta no Rio para aumentar sua coleção. Para isso, ele vai encarar na piscina do Estádio Aquático o seu maior rival, André Brasil. “A gente tem uma amizade fora das piscinas e nossa rivalidade é só no esporte. Existe muito respeito e isso acontece há anos. Quem vencer será igualmente comemorado”, falou o nadador. 

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