O Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC) vai tomar medidas para repreender qualquer manifestação política de esportistas do país nos Jogos Para-Pan-Americanos de Lima. A represália foi uma espécie de mensagem endereçada a Race Imboden e Gwen Berry, que protestaram contra o presidente Donald Trump durante o pódio da competição continental.
A carta, assinada pela diretora executiva do órgão, Sarah, prevê 12 meses punição para cada competidor. No texto, Hirshland fez questão de deixar claro que é importante deixar claro que apenas reprovar atitudes de outros atletas em situações semelhantes é insuficiente.
Apesar de citar o tempo de punição, a Associated Press, que teve acesso ao documento, não explica qual seria a natureza dessa represália.
O esgrimista Race Imboden se ajoelhou durante o hino nacional no pódio de Lima. Depois, em suas redes sociais, disse que o protesto era contra os problemas que o país enfrentava. "Racismo, controle de armas, maus tratos a imigrantes e um presidente que espalha ódio estão no topo de uma longa lista", publicou.
Já a lançadora do martelo Gwen Berry ergueu punho fechado durante o hino, alusão ao gesto de John Carlos e Tommie Smith nos Jogos de 1968, que homenagearam o movimento dos Panteras Negras com a saudação black power.
Na última quarta-feira (20), um dia após ter recebido a carta, Berry postou uma foto dizendo que "se nada é dito, nada será feito, e nada irá melhorar, e nada irá mudar".
Cabe ao Comitê Olímpico Internacional punir atletas que quebrem as regras que proíbem protestos políticos em Olimpíada, mas as federações nacional tem direito a tomar suas próprias atitudes.