No momento mais difícil da carreira do jogador Vinícius Eutrópio, Pernambuco foi fundamental. Em 1999, o então volante do Náutico não sentia mais tanto prazer dentro dos gramados. E recebeu a primeira chance fora das quatro linhas, como auxiliar do Timbu. Agradecido, Eutrópio volta ao Recife para resgatar as suas raízes como técnico.
“Toda vez que venho ao Recife me lembro do início como treinador. Foi bem marcante porque o mais difícil da carreira de um jogador é o momento de parar. E isso foi pra mim foi tranquilo porque recebi um convite interessante e achei que valeria muito a pena. Já tinha esse desejo de continuar no futebol e veio no momento certo, quando a minha cabeça já estava preparada para isso. Recebi a notícia num dia, no outro já era auxiliar-técnico do Náutico”, afirmou Eutrópio, em entrevista ao JC.
Depois do Pernambucano de 1999, o atleta se reuniu com Arthur Neto, então técnico do Náutico, e decidiu se aposentar. Foram seis meses como auxiliar do Timbu até seguir o treinador para o Atlético-PR, onde passou seis anos. “Quando você sai dos gramados, não sabe muito o que fazer. O jogo aos domingos não me satisfazia como antes, e sabia que teria que estudar muito para virar treinador. Decidi cortar caminho. Naquele momento, descobri uma nova parte da vida que eu tinha 30 ou 40 anos pela frente para desenvolver”, relembrou.
Depois de visitar o Recife várias vezes como adversário do trio de ferro, é a primeira vez que Eutrópio chega na capital pernambucana para passar mais do que 24 horas. “Confesso que foi importante ter essas raízes aqui. Me sinto em casa e tenho amigos aqui ainda daquela época. O povo é muito simpático e alegre. Vim para resgatar meu começo como treinador. E voltar já num grande clube como o Santa Cruz, principalmente nesse momento de reconstrução, é gratificante.”