Depois de uma reconstrução no início da temporada, com a saída de 26 jogadores do elenco de 2016, o Santa Cruz passa por mais uma fase difícil em termos de grupo, principalmente no sistema ofensivo. Com as saídas dos meias Pereira e Thomás e várias opções no departamento médico, o técnico Vinícius Eutrópio sofre para montar a equipe titular para os jogos da Série B do Campeonato Brasileiro.
Hoje, o elenco conta apenas com 29 jogadores. Desses, cinco estão machucados ou se recuperando de lesões (os laterais Vítor e Gabriel Vallés, o meia Léo Costa e os atacantes Facundo Parra e Júlio Sheik). Ou seja, na prática, Eutrópio conta só com 23 atletas, sendo três da base (os goleiros Miller e Lucas Silva e o zagueiro Otávio Andrietta) e que ainda não foram utilizados em 2017 e dois que acabaram de chegar e estão sem ritmo de jogo (Ricardo Bueno e Kelvy).
“Nós perdemos jogadores ao longo desses últimos dias, seja por lesão ou por situações extracampo. Por um lado é ruim em termos de opções. Mas também é bom porque os jogadores que vêm entrando estão correspondendo bem, e isso nos deixa um pouco mais tranquilos. Mas é claro que limita complementarmente algum tipo de alteração em um jogo importante. O ideal é termos todos à nossa disposição, porque quase não temos opções, principalmente de ataque, no banco de reservas”, afirmou o treinador.
A falta de peças no sistema ofensivo fez Eutrópio, durante a última semana, testar opções bem alternativas para os próximos jogos. O treinador orientou o zagueiro Jaime para, em casos de extrema necessidade, atuar como um centroavante nas partidas, aproveitando-se da altura do jogador (1m84).
Quem também teve uma conversa com o técnico foi o lateral Roberto, que pode ser usado como meia ou ponta pela esquerda. Fechando as improvisações forçadas, desde que Vítor teve constatada uma fratura na tíbia e na fíbula, que o tira dos gramados por pelo menos seis meses, o volante uruguaio Gino vem atuando na ala direita, como reserva imediato de Nininho.
Mesmo com elenco enxuto, Eutrópio negou que a situação do grupo coloque mais pressão na diretoria por reforços para a Série B. “Eu não vou usar a palavra pressão porque a gente trabalha junto. Temos que estar em alerta 24 horas para ressarcir as perdas o mais rápido possível e equilibrar o grupo. Isso é o mais importante”, finalizou.