Domingo marca o penúltimo dia de Alírio Moraes no comando do Santa Cruz. Isso porque, na próxima terça-feira, o presidente eleito para o triênio 2018/2019/2020, Constantino Júnior, toma posse e Alírio irá assumir o Conselho Deliberativo. Foram três anos (2015-2017) em que o mandatário conheceu o céu e o inferno dirigindo a Cobra Coral. Dos títulos e acesso aos dois rebaixamentos seguidos e uma grande crise financeira.
Quando Alírio Moraes assumiu o Santa Cruz em 2015 começou “com o pé direito”, conquistando o título do Campeonato Pernambucano em cima do Salgueiro. Sem participar da Copa do Nordeste, o próximo desafio era a Série B do Campeonato Brasileiro. Para reforçar a equipe na competição, o presidente coral prometeu a chegada de “um jogador de peso” e cumpriu: Grafite retornou ao Arruda para a terceira passagem. E teve êxito na estratégia. Sob o comando do técnico Marcelo Martelotte, a equipe tricolor foi vice-campeã da Segundona e conquistou o acesso para a Série A do Brasileiro.
A maré continuou boa e o início de 2016 foi histórico para o Santa Cruz. Em uma semana se sagrou bicampeão pernambucano em cima do Sport na Ilha do Retiro e levantou o inédito troféu da Copa do Nordeste diante do Campinense na Paraíba. De quebra, com o título nordestino, ainda garantiu vaga na Copa Sul-Americana. Pela primeira vez, o Tricolor do Arruda participou de uma competição continental. Passado o primeiro semestre, a equipe manteve o ritmo sob o comando de Milton Mendes e chegou a liderar o Brasileirão. Mas não conseguiu manter o ritmo e foi rebaixada antecipadamente. Começava uma grande crise financeira na Cobra Coral.
Em 2017, nada deu certo no Santa Cruz. Eliminado nas semifinais do Estadual para o Salgueiro e na mesma fase do Regional para o Sport. Na Série B, o início foi até regular, mas depois caiu de rendimento e depois que entrou na zona de rebaixamento não conseguiu mais sair. Além disso, foi instalada uma grave crise financeira com ameaça de grave dos jogadores. O Tricolor do Arruda seguiu o roteiro de dez anos atrás, quando caiu da A para B e da B para C com as contas desreguladas.
Ciente dos erros, Alírio Moraes sabe que para seu sucessor colocar a equipe de volta no caminho das vitórias, o primeiro passo é montar uma equipe que pode bancar. “Tem que ser, na minha opinião, um cumprimento muito estreito a questão orçamentária. Tem que estabelecer um orçamento dentro da realidade, sem sonho, sem fantasia e seguir à risca”, indicou o presidente coral. “Com união, respeito e a torcida, vamos buscar as vitórias, a reorganização que o clube precisa para seguir dentro de sua magnitude”, completou.