As multidões que dão nome ao clássico já aplaudiram muitos goleadores no embate entre Sport e Santa Cruz. Na história de ambas equipes existem vários artilheiros que deixaram seus nomes marcados como os homens de referência no ataque e que chamavam (e correspondiam) a responsabilidade para si. Todavia, os atuais elencos dos rubro-negros e tricolores carecem do chamado “homem-gol”.
No caso do Sport, o setor ofensivo sofreu com várias importantes baixas. A principal delas sem dúvida atende pelo nome de André que, verdade seja dita, vinha correspondendo bem no papel de “colocar a bola pra dentro”. Porém, ele está envolvido em uma longa e desgastante novela de saída do clube. Além disso, houve a lesão de Rogério e o afastamento de Juninho. Assim a responsabilidade caiu sobre os ombros, ou melhor os pés, de Leandro Pereira e de Índio, que estão em estágios diferentes e até o momento ainda não fizeram por onde.
Embora seja bem mais experiente que o companheiro de ataque, Leandro Pereira vem de vários problemas físicos e no Pernambucano ainda não balançou as redes. Os dois únicos gols pelo Leão na atual temporada foram marcados na vitória leonina por 2x1 contra o Santos-AP, pela primeira fase da Copa do Brasil, justamente no seu retorno depois de lesão.
“Ele decidiu aquele jogo pra gente na Copa do Brasil e creio que daqui a pouco a bola vai voltar a entrar. Com o tempo a gente vai se encaixando e dando opção pra ele fazer os gols. Hoje ele está ali como o homem-gol, tem essa situação do André também aí”, afirmou Marlone, enaltecendo Leandro Pereira, diante da incógnita que se tornou André.
Já o Santa Cruz começou o ano apostando no ídolo Grafite para ser o “camisa nove”. Só que a novela para a permanência não teve o final feliz que o clube coral esperava. Além disso, os dirigentes não conseguiram encontrar um “homem gol”. Foi contratado Vinícius, mas ele não marcou nenhum gol depois de sete jogos.
A solução encontrada pelo técnico Júnior Rocha foi improvisar o meia Héricles como falso nove ao lado de Robinho, Fabinho Alves e Daniel Sobralense no ataque. Esses quatro juntos balançaram as redes cinco vezes. O treinador ainda precisou conviver com as lesões dos meias Jeremias e Arthur Rezende, e o atacante Augusto, que começaram o ano como titular, e não tiveram condições de ter uma sequência durante os 13 jogos de 2018.Como era esperado por ele, o Júnior Rocha tem tido mais trabalho no pelotão de frente. Por enquanto, ele não pretende realizar grandes mudanças no setor.
“Tive que optar por algumas improvisações porque os atletas não estão rendendo o ideal. Como por exemplo, o Héricles de falso nove está bem, não vou mexer. Sou um treinador de dar oportunidade. O Daniel (Sobralense) voltou em dois jogos atípicos contra o Pesqueira e Flamengo de Arcoverde. O único que teve a oportunidade de jogar na função foi contra o Belo Jardim. O outro que tenho para a posição dele é o Arthur (Rezende). O Geovani prefere jogar pelos lados”, comentou o comandante coral.