O Santa Cruz tem seu próximo compromisso na temporada válido pela Copa do Nordeste. O Tricolor enfrenta o CSA neste domingo (10), às 18h, no Arruda. Em caso de vitória, a Cobra Coral fica muito próxima de assegurar a sua classificação para as quartas de final do Nordestão. Entretanto, para isso, o desafio do Mais Querido será grande. Adversário que está na Primeira Divisão e que perdeu apenas duas vezes em 11 jogos no ano, o Azulão vem em evolução e ainda busca encaixe de peças que chegaram no começo do ano. Algumas delas conhecidas pelo torcedor pernambucano. Confira o raio-x de como tem jogado a equipe alagoana e o que o Santa Cruz pode esperar para este duelo.
São cinco vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas em 2019. 11 gols marcados e só quatro sofridos nos 11 jogos realizados neste ano, entre Campeonato Alagoano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. O grande nome do CSA é o centroavante Patrick Fabiano, responsável por oito gols dos alagoanos. O atacante de 31 anos é a principal referência da equipe e é buscado diversas vezes nas jogadas de ataque, seja pelo alto, em cruzamentos, ou por jogadas rasteiras.
Na defesa, parte do mérito pela baixa média de gols sofridos passa pela dupla de zaga formada por Gerson e Luciano Castán, ao lado do goleiro João Carlos. O sistema defensivo só foi vazado quatro vezes e ainda não sabe o que é levar mais de um tento em um confronto. Momento que contrasta com o vivido pelo Santa Cruz. O Tricolor levou cinco gols nos seus últimos três jogos e a sua defesa, que era um dos pontos positivos nos primeiros jogos, passou a falhar. Peso advindo da grande maratona de jogos somada ao pouco tempo para treino, que corrigiria as falhas que têm acontecido.
Comandado por Marcelo Cabo, o CSA tem um estilo de jogo bastante ofensivo. A equipe atua no 4-3-3, com dois meias - Didira e Matheus Sávio. Os dois pontas, Manga Escobar e Robinho, costumam cortar para o meio para tentar o passe ou finalização, às vezes tentando também jogadas de linha de fundo. Este último é alternado com os laterais, Carlinhos e Apodi, que são bastante ofensivos. Eles geram amplitude dentro do campo e dão opção para este tipo de jogada.
O Azulão costuma verticalizar o jogo e chegar em velocidade ao ataque, visando bastante o artilheiro Patrick Fabiano. Outra característica passa também pela participação dos meias. Didira e Matheus Sávio encostam bastante nos atacantes e buscam a finalização de fora da área ou a infiltração nela. São atletas participativos, que se movimentam por todo setor.
Na questão defensiva, o CSA também mantém sua agressividade. Marcelo Cabo arma a sua equipe para fazer uma marcação alta, pressionando a saída de bola do adversário, com o objetivo de forçá-lo a rifar a bola. Quando os alagoanos perdem a posse dela no ataque, os atletas pressionam para tentar a recuperação o quanto antes. Caso não consiga, a equipe monta e recua as linhas defensivas. Essa armação varia entre o 4-1-4-1 e 4-4-2, com duas linhas de quatro atletas. Na sua saída de jogo, os meias costumam voltar para armar as jogadas. Eles buscam também passes de média e longa distância, sempre tentando verticalizar.
O CSA tem hoje, no seu elenco, cinco jogadores com passagem pelo Trio de Ferro do Recife. Nomes conhecidos, que tiveram longas passagens por aqui. Já outros, nem tanto. Um ex-atleta do Santa Cruz é o zagueiro Leandro Souza. Ele esteve presente nos acessos do Mais Querido em 2011 para a Série C, e em 2013 para a Série B. A sua última temporada no clube foi em 2014. Nesse mesmo ano, o atacante Cassiano também vestiu a camisa tricolor. Apesar de nunca ter sido titular absoluto, ganhou o carinho do torcedor por momentos como o gol marcado contra o Vasco, na Série B de 2014, na Arena de Pernambuco. Jogo que os Corais venceram por 1 a 0 e foi um dos ápices da equipe naquela edição do campeonato.
Com passagens nos rivais, há o zagueiro Ronaldo Alves, anunciado pelo CSA no começo do ano. O defensor atuou pelo Náutico e Sport. Outro jogador que passou pelo Rubro-negro foi o lateral direito Apodi, em 2016. Com passagem pelo Timbu, está o volante Jhonnatan, que defendeu o Alvirrubro em 2018. O lateral direito Joazi, ex-Náutico, transferiu-se para o Azulão no começo do ano, mas foi pouco aproveitado e deixou o clube.