Nesta terça-feira (17), acontece a reunião que vai decidir a possível reforma do estatuto do Santa Cruz. Ontem, um grupo formado por dirigentes apresentou um projeto que sugere a substituição do que foi construído anteriormente. No início desta tarde, Alírio Morais, presidente do Conselho Deliberativo do clube, falou com a Rádio Jornal sobre o posicionamento do órgão diante do assunto.
Reação do CD a nova proposta de não reformulação do estatuto
"A gente não vê com muita simpatia, porque essa comissão foi convocada em 2018 obedecendo a legalidade, o estatuto em vigor do clube e o regimento interno do conselho deliberativo. Formamos um grupo de trabalho, ouvimos conselheiros, sócios, fazendo uma pesquisa e análise muito minuciosa dos cases de outros clubes que têm o estatuto aprovado e que estão na elite do brasileiro. Na verdade, quando a gente pensou em fazer essa reformulação, primeiro foi para modernizar o estatuto obedecendo a legislação que rege o futebol brasileiro, em específico a legislação do Profut, e em segundo abrir o clube para fazer do clube, um clube mais democrático. A comissão foi imaginada e executada dentro dessa perspectiva. Penso eu que a tarefa da comissão está cumprida e foi definida. A questão de aprovar só vai se saber mais tarde. O plenário e os conselheiros foram devidamente convocados, segundo as normas regimentais, ou seja, estamos tendo uma preocupação de seguir a legalidade, até para evitar futuros questionamentos na justiça."
Antônio Luiz Neto bater de frente com um estudo de dois anos
"Eu até entendo a preocupação de Antônio Luiz Neto que também é um homem do direito e um ex-presidente campeão do clube, já com o nome dele construído na história do Santa Cruz. Agora, a gente tem pautado o nosso passo a passo dentro da legalidade e do que as normas nos permite. Na data de ontem, chegou o protocolo desse trabalho que foi muito bem feito que foi assinado por alguns magistrados do tribunal de justiça de pernambuco. Mas o edital tem um objetivo específico. A apresentação final da comissão de reformas e a deliberação para a aprovação da minuta de reforma do estatuto do Santa Cruz, ou seja, o que seria cabível nesse momento seria a sugestão de emendas. Você discordar do tratamento que está sendo dado no projeto ao futuro da comissão patrimonial. Evidentemente que um conselheiro poderia e poderá apresentar uma emenda para participar do processo e oferecendo um critério jurídico diferente daquele. Por exemplo, mantendo o regime jurídico atual da comissão. Mas nunca encostar todo um trabalho que foi feito e apresentar um novo conceito, uma nova formulação de ideias, que eu respeito por ter sido feito por pessoas que gozam da minha amizade, da minha consideração e do meu respeito, mas evidentemente eu vou seguir o edital. A legalidade hoje me impõe e meu dever de ofício como presidente do Conselho Deliberativo, me impõe que eu siga as normas do estatuto atualmente em vigor."
Trâmite da reunião desta noite
"O presidente da comissão que gerou esse projeto novo vai fazer a leitura do projeto, vai haver uma deliberação sobre os artigos, proposições, criações da diretoria e órgãos de direção do clube e aí, depois dessa primeira abordagem, será colocado em discussão perante os conselheiros, que os conselheiros pode ter três alternativas. Primeiro aprovar o artigo ou aprovar aquele capítulo na íntegra e fazer observações. Pode aprovar, rejeitando algum dispositivo, porquê alguns conselheiros tiveram a iniciativa de apresentar emendas que serão lidas lá, e a terceiro posicionamento é rejeição que pode ser parcial ou na íntegra. Evidentemente a gente vai fazer uma leituras que ali pode ter ideias que poderá dar um tratamento como se fosse uma emenda. Mas na verdade o que eu tenho em mente para fazer, discutido previamente com a mesa do conselho, é a gente ser muito objetivo e colocar em discussão o projeto que foi elaborado pela comissão. Essa é uma reunião intermediária para aprovação do texto que será levado a assembléia geral dos sócios."
Justiça e quem poderá participar da votação
"Como a gente tá trabalhando com fundamento nas normas do estatuto, eu espero que prevaleça o bom senso e que se respeito da decisão do plenário do conselho, é um órgão de deliberação do clube, é o órgão mais importante do clube e é o órgão que representa sócios e a torcida. Há essa soberania do conselho e eu espero que isso não termine na justiça, seja de quem for. A gente tem que respeitar a decisão final. Segundo ponto, os conselheiros efetivos e titulares, eleitos, beneméritos e natos, esses tem a presença assegurada e com direito a voto, já os conselheiros colaboradores, suplentes têm direito a participação, mas não terão direito a voto."