Negociar com a diretoria do Sport não tem sido fácil. Nos últimos anos, os dirigentes rubro-negros têm adotado uma postura exigente no mercado da bola e já coleciona diversas negativas para liberar suas “jóias”. A bola da vez, novamente, Rithely. Mesmo com todo o interesse do Internacional de contar com o volante de 25 anos, o Leão fez jogo duro e recusou a proposta Colorada - já havia rejeitado uma investida do Atlético-MG.
De acordo com um dos empresários de Rithely, Tadeu Cruz, a diretoria leonina está sendo irredutível quanto a não negociar o jogador e, na maioria das vezes, inicia as tratativas já inclinada a dizer não. O que vem irritando profundamente o volante. “Essa negativa da negociação com o Inter deixou o Rithely muito chateado. Os dirigentes deram a palavra no início do ano que, chegando uma proposta, o clube sentaria para conversar e definir o futuro dele. O que acabou não acontecendo. O Sport nunca dá uma contra-proposta. Só dizem não. Isso vai deixando o jogador insatisfeito”, comentou o representante do camisa 21.
Essa não é a primeira vez que isso acontece. Segundo Tadeu, o Sport já teve em mãos ofertas bastante generosas. “Já levamos proposta do Palmeiras de 4 milhões de euros (algo perto de R$ 20 milhões) por 50% dos direitos dele, ou seja, oito milhões de euros por 100%. Proposta de clubes europeus. Também teve uma outra de 3,5 milhões de euros do Fluminense por 50% do vínculo. O Sport deveria abrir mais a conversa com clubes do Brasil. Porque senão vai acabar fechando mercado aqui dentro. Os outros clubes ficam receosos de buscar jogadores no Sport porque sabem que o clube pede alto demais”, desabafou Cruz.
Procurada pela reportagem do Jornal do Commercio, a assessoria de comunicação rubro-negra informou que “O Sport Club do Recife não comenta ilações do empresário que está insatisfeito porque as negociações não estão na medida de sua expectativa”.
Mais uma expectativa frustrada e a falta de clima no clube parece ser um caminho sem volta para o cabeça de área. “Jogar há sete anos num clube, atuar pelo menos 30 jogos no Brasileiro, uma média dessas cansa. A rotina satura. Todo dia uma hora de trânsito pra ir e outra para voltar. Chega um momento que você quer um novo ambiente, uma nova cidade. A mulher dele confessou que ele pensou em parar de jogar. Que nível chegou”, contou.
A dura postura que está sendo adotada pelos rubro-negros no mercado de transferências não é somente com Rithely. Outros atletas do elenco também encontraram dificuldade para deixar a Ilha. No final de 2016, o Palmeiras chegou a oficializar interesse no lateral Samuel Xavier, sem sucesso. Na metade do ano foi a vez de Diego Souza receber investida. E, novamente, a diretoria do Verdão deu com a cara na porta.