Apresentado de maneira oficial como vice-presidente de futebol do Sport, Guilherme Beltrão afirmou que planeja mudar a mentalidade com a qual o elenco do clube vem sendo construído. De acordo com o dirigente, o elenco leonino precisa ser montado para valorizar o equilíbrio, citando o time de 2014 como exemplo de como a coletividade pode superar a individualidade.
“O modelo do Sport esse ano tem que mudar. O coletivo sempre foi característica do Sport. E o coletivo tem que sobressair o individualismo. O individualismo gera os craques. Um faz 13 gols, o outro faz 14, e depois diz que quer ir embora. em 2014, nosso ataque era Érico Júnior, Joelinton, Mike. Era um grupo limitado, com Eduardo começando a carreira. O time passou algum aperreio para escapar do rebaixamento? Eu não me lembro. Mas em 2016 e 2017, com grandes nomes no elenco, a gente só escapou na última rodada. Essas equipes fora do G-12, se não usarem o coletivo, estão mortas”, declarou Beltrão.
Com o prazo de inscrições para o Campeonato Pernambucano já encerrado, Beltrão destacou que o momento agora será de observar atletas que possam jogar o Brasileirão, principal competição que o clube terá no ano. No entanto, ele já antecipou que o clube deverá buscar jogadores que queiram crescer com o Sport.
"É difícil contratar nesse momento um jogador que não pode jogar, até para não ficar gastando sem poder contar com o atleta. O momento é de mapear jogadores e mostrar o conceito do clube. Claro que tem que ter o jogador experiente para equilibrar o clube, mas nosso perfil será do jogador que queira crescer aqui e que esteja dentro do orçamento", afirmou.
#JCEsportes “No @sportrecife, o coletivo tem de sobressair do individualismo”, declarou Guilherme Beltrão. pic.twitter.com/S2pi21WXlv
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 22 de fevereiro de 2018
Outra afirmação do novo vice-presidente de futebol foi a de que o Sport deverá adotar um teto salarial para 2018. De acordo com ele, o clube não poderá colocar a maior parte de seu orçamento em apenas dois ou três atletas.
"Uma situação que já quero antecipar é que o Sport terá um teto salarial. Não adianta gastar em dois jogadores quando a gente precisa de seis. Vai onerar o clube e, ao longo das 38 rodadas, a gente não vai conseguir rodar o elenco da maneira que gostaríamos. O que vai permear o Sport é voltar às suas origens na questão do coletivo", concluiu.