O TV Jornal Meio-Dia produziu uma série de reportagens sobre as expectativas do torcedor pernambucano para a Copa do Nordeste 2020. Maior campeão nordestino de Pernambuco, o Sport levantou a taça da Copa dos Clássicos em 1994, 2001 e 2014. O barman e torcedor Victor Alvim, de 25 anos, se aventurou até Fortaleza, Ceará, para ver o último título do Leão e contou para nossa equipe como foi a viagem. Como o Sport não jogou a Copa do Nordeste nos anos de 2018 e 2019, a ansiedade para conquistar o quarto título do torneio .
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“Sejam bem vindos à casa do campeão de 87, da Copa do Brasil de 2008 e tricampeão do Nordeste”, anunciou Victor pela janela da sua casa na Bomba do Hemetério, Zona Norte do Recife. Ao entrar na residência, não tem como desconfiar que um rubro-negro apaixonado mora alí. A própria pele do barman entrega sua paixão pelo Leão. Com três tatuagens, feitas em 2012, após o rebaixamento para a B, em 2013, e em 2018, também após o rebaixamento.
“Eu vejo muita gente fazendo homenagem quando a gente é campeão, quando conseguimos as coisas. Mas não. O Sport é muito grande, é o amor da vida da gente. Na tristeza temos que estar juntos dele”, exaltou.
A força desse sentimento foi tão grande, que uma mudança de casaca aconteceu dentro daquela casa. Marcileia Ximenes, mãe de Victor, era torcedora do Náutico, mas passou a compartilhar o amor pelo Sport com o filho com o passar dos anos. “Por amor ao meu filho, eu mudei! Tanto por ele e porque eu vi a capacidade do Sport como um time brilhante”, explicou Marcileia.
Victor guarda o ingresso do título de 2014 até hoje. Lembrança de uma viagem que, para ele, foi inesquecível. Partiu do Recife de van às 23h para fazer um percurso de 14 horas. Aguentou o calor nordestino até lá. Compartilhou o assento da van com um torcedor que resolveu ir de última hora. Enfrentou uma fila gigantesca para trocar o Voucher da entrada para a Arena Castelão.
Tudo isso para assistir um jogo tenso, já que o Sport começou perdendo do Ceará com gol de Magno Alves, mas empatou de pênalti com Neto Baiano. O jogo de ida, na Ilha do Retiro, havia sido 2x0 para o leão, então o empate trouxe o troféu da Copa do Nordeste para o Recife.
“Quando Magno fez o gol eu travei. Pensei ‘lascou’. Todo mundo gritando, aquele barulho todo, e eu nervoso, não conseguia falar nada. Só quando saiu o gol que eu comecei a gritar”, contou Victor.
“A gente está com sede da Copa do Nordeste, está com gana de Copa do Nordeste. Foram dois anos vendo os times jogarem e a gente fora. E agora a gente vai chegar!”, finalizou o barman.