Negócios bilionários da construção civil

Na avaliação da consultoria Ernst & Young Terco, a construção brasileira deve atrair investimentos estrangeiros da ordem de R$ 10 bilhões nos próximos anos
Do JC Online
Publicado em 15/11/2012 às 0:10
Na avaliação da consultoria Ernst & Young Terco, a construção brasileira deve atrair investimentos estrangeiros da ordem de R$ 10 bilhões nos próximos anos Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem


O setor imobiliário é um dos mais promissores do Brasil nos próximos anos, com a atração recorde de investimentos estrangeiros que podem chegar a R$ 10 bilhões, aponta estudo semestral Real Estate Report da Ernst & Young Terco. Com Produto Interno Bruto (PIB) superior a R$ 170 bilhões, a consultoria indica que o montante do setor poderá chegar a R$ 270 bilhões em menos de uma década.

Os investimentos ocorrem em todos os segmentos do mercado da construção, desde o industrial e o empresarial até o residencial. No segmento de galpões industriais, o Recife é uma das sete capitais avaliadas que mais registrou aumento nos preços de aluguel e compra. Em fevereiro deste ano, a faixa de preço de locação por metro quadrado (m²) de galpões na capital pernambucana variava de R$ 6,40 a R$ 20,40, passando para R$ 6,20 e R$ 22,60 em agosto. Apesar da redução no preço mínimo, houve uma alta de 10,7% na maior variação.

O mercado pernambucano já sente essa realidade, aponta o gerente regional no Nordeste da empresa privada de serviços imobiliários Cushman & Wakefield (C&W), Pedro Poletto. “Pernambuco é um foco do polo da indústria portuária com Suape, os estaleiros. Há um potencial muito forte e com áreas retroportuárias para se desenvolver. Além da área empresarial e residencial, a área industrial e logística ainda deve se desenvolver mais no Estado. Há uma oferta muito grande de áreas que já estão sendo alugadas. Não temos taxa de vacância”, sinaliza Pedro Poletto.

Como exemplo, o gerente cita uma área de galpão que está sendo construída em três fases de 30 mil m², totalizando 90 mil m² e que já está com dois terços alugados de imediato. Em relação aos empresariais, o volume de estoque futuro desses empreendimentos no Recife para 2013 é de 90 mil m².

Na área habitacional, não é muito diferente, segundo o levantamento da Ernst & Young Terco. Para reduzir em dois terços o déficit habitacional acumulado no Brasil, seriam necessários investimentos anuais de R$ 18 bilhões até 2030. “Isso para dar conta do déficit acumulado, sem considerar as necessidades de renovação de imóveis e fatores demográficos como o crescimento populacional e a redução do número de pessoas por moradia”, diz o diretor de Fusões e Aquisições para o setor imobiliário da Ernst & Young Terco, Viktor Andrade.

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