Cresce demanda por automação residencial

Setor não sente crise e percebe grande aumento na demanda das classes A e B
Luiza Freitas
Publicado em 21/05/2015 às 13:06
Setor não sente crise e percebe grande aumento na demanda das classes A e B Foto: Foto: Ricardo B. Labastier/ JC Imagem


Um dia as televisões e aparelhos de som não tiveram controle remoto, as lâmpadas só podiam ser acionadas no interruptor e as cortinas eram abertas apenas manualmente. A automação residencial tem proporcionado uma mudança de hábitos dentro de casa para uma quantidade crescente de famílias. Mesmo em tempos de economia difícil, a praticidade tem o seu lugar. O aumento do consumo de aparelhos automatizados sentido em 2014 tanto por produtores quanto por vendedores está se mantendo no primeiro semestre deste ano. Para eles, a tendência é que o controle de cada vez mais equipamentos da casa fique a cargo de computadores, celulares e tablets.

Os sistemas de automação para residências mais populares são de controle de iluminação, som ambiente e cortinas. Apenas no ano de 2014 (em comparação com 2013), a IP Konect – empresa especializada na venda dos sistemas – registrou um aumento de quase 80% nessas vendas. “E no início deste ano continuamos crescendo em relação ao mesmo período do ano passado. É um setor em que não há crise. Estamos até nos reestruturando para atender a demanda, contratando mais técnicos e procurando novas tecnologias para oferecer”, assegura Antônio Andson, proprietário da empresa.

A IP Konect começou atuando com circuitos fechados de TV, mas, diante da demanda crescente, passou também a fornecer equipamentos para residências. “Quando você contrata um projeto de arquitetura, há um estudo de iluminação, mas muita gente acaba não aproveitando. Com um sistema automatizado, é muito mais fácil administrar os cenários que foram planejados para os ambientes”, explica Antônio, que admite que a procura pelos equipamentos ainda é majoritariamente formada pelas classes A e B.

Uma das novidades que mais têm conquistado os consumidores ultimamente é a automação da sonorização, que pode ser instalada em qualquer ambiente da casa de forma independente e com diferentes objetivos. O empresário Ítalo Nogueira, por exemplo, investiu cerca de R$ 15 mil para a implementação da automação do som, lâmpadas e cortinas da nova casa. “Você tem muito mais comodidade quando for receber os amigos em casa, por exemplo. Todos podem interagir na escolha das músicas, como se fosse uma radiola de ficha, só que virtual”, diz o empresário, referindo-se ao sistema Simple Sound, fabricado pela pernambucana Quali House.

A empresa confirma que o crescimento também está sendo percebido pelos fabricantes dessas tecnologias. “Neste início de ano, a demanda já cresceu o dobro em relação ao mesmo período do ano passado. Começamos também a ter procura de construtoras, que estão vendo a tecnologia como um diferencial na venda dos imóveis. Além disso, com as dificuldades econômicas de 2015, as pessoas estão mais dispostas a pensar em estratégias para economizar”, afirma Diego Nogueira, sócio da Quali House. Segundo ele, a instalação de um equipamento de automação de lâmpadas na área comum de um prédio – dependendo na forma como for planejado – pode gerar uma economia próxima aos 20% na fatura de energia e gastos com novas lâmpadas.

Mesmo com a maior demanda gerada pelo interesse em economizar, o empresário confirma que as maiores motivações para o investimento na automação da casa são a segurança e, principalmente, a comodidade. A infraestrutura inicial para a instalação de um sistema automático básico sai a partir de R$ 4 mil. “O investimento inicial é mais alto, mas, uma vez feira a instalação, ampliá-la para outros ambientes acaba ficando mais barato”, garante Diego Nogueira. 

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