A beleza do lírico toma conta da Aurora neste domingo

Em sua 16ª edição, o Aurora dos Carnavais celebra o frevo de pau e corda com 28 blocos e um palco montado na via
Da editoria de Cidades
Publicado em 01/02/2015 às 18:44
Em sua 16ª edição, o Aurora dos Carnavais celebra o frevo de pau e corda com 28 blocos e um palco montado na via Foto: Ricardo Labastier/JC Imagem


A Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro, foi tomada na tarde deste domingo pela beleza do Carnaval mais lírico de Pernambuco. Em sua 16ª edição, o Aurora dos Carnavais reuniu 28 blocos, sendo dois infantis, de vários locais do Estado, para celebrar o saudosismo do frevo de pau e corda. O encontro teve início às 16h, a partir do monumento Tortura Nunca Mais, e estendeu-se até as 21h30, com um palco montado na via, em frente ao Banco Central.

O evento, que acontece sempre duas semanas antes da data oficial do início do Carnaval, é uma espécie de abertura da Folia de Momo. E há quem diga que é também um pedido para que os festejos não terminem. “Aqui celebramos um grande encontro, comemoramos a chegada do Carnaval com antecedência e fazemos também um pedido para retardar o término”, brinca Cid Cavalcanti, presidente do bloco O Bonde, da Imbiribeira, criado em 1991 e participante do Aurora desde a fundação.

Os homenageados deste ano foram os compositores já falecidos Alcides Vespasiano e Aldemar Paiva. As atrações convidadas foram a Orquestra de Frevo Raízes de Pernambuco, os cantores Claudionor Germano e Netinho Ventura e o Coral Edgar Moraes. No palco, a Orquestra Evocações animou os participantes, de idosos a pequenos de colo. Dos 28 blocos, dois eram estreantes: Damas e Valetes, de Olinda, e Folguedos, de Surubim. Os dois blocos de crianças que participaram dando o tom infantil ao evento foram Sonho e Fantasia e Eu Quero Maiszinho.

O Aurora dos Carnavais foi fundado por Romero Amorim, falecido em 2013. Junto com os amigos, deu início à tradição de celebrar o lírico numa das ruas mais poéticas do Recife. Atualmente quem coordena o evento é Wena Souza, para quem “é um prazer imensurável” fazer parte desse grande encontro. Ela conta que, a cada ano, cresce o número de pedidos de blocos para fazer parte do Aurora. “Mas, infelizmente, temos que dizer não para muitos, senão só acabaríamos a festa perto da meia-noite”, brinca. 


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