Uma quadrilha que comercializava agrotóxicos falsificados para lavouras de ao menos dez Estados do país foi presa na manhã desta sexta-feira (5) em Franca (a 400 km de São Paulo).
De acordo com a Polícia Civil, que realizou a Operação Lavoura Limpa com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, 20 pessoas foram presas, sendo que seis delas são apontadas como os líderes da quadrilha.
Segundo Leopoldo Novaes, delegado responsável pela operação, os agrotóxicos eram vendidos principalmente para produtores do norte do Estado de São Paulo e sul de Minas Gerais.
A investigação começou há cerca de cinco meses, após a descoberta de laboratórios irregulares onde os agrotóxicos falsificados eram feitos.
Ainda segundo Novaes, a quadrilha tinha uma empresa fantasma em Campinas (a 93 km de São Paulo) e usavam uma empresa de defensivos agrícolas em Araxá (MG) para a venda.
Novaes afirmou que os líderes da quadrilha tinham alto poder aquisitivo. Eles tinham ranchos em cidades do interior paulista, veículos importados, barco e moto aquática.
Até as 13h desta sexta, 30 veículos foram apreendidos, alem dos agrotóxicos falsificados. De acordo com a polícia, os itens apreendidos equivalem a R$ 20 milhões.