Apenas uma em cada dez mulheres brasileiras entre 15 e 29 anos com pelo menos um filho continua estudando. Outras 41,8% conseguiram concluir o ensino médio, mas não avançaram nos estudos e 48,2% largaram a escola sem terminar a educação básica. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre as mulheres sem filhos da mesma faixa etária, a proporção das que continuam a estudar supera 51,2%. Apenas 11,2% abandonaram a escola sem concluir o ensino médio.
Com relação às mulheres de 15 a 17 anos, apenas 28,4% continuam a estudar, mesmo tendo filho. Entre as sem filhos, a proporção chega a 88,4%. “Isto chama a atenção para a necessidade de um incentivo do governo ou para a construção de creches, para que as pessoas não interrompam estudos ou que voltem a estudar”, salientou a pesquisadora Cíntia Simões, do IBGE.
Os números também verificaram a razão de dependência de jovens (abaixo de 15 anos) e idosos (acima de 60 anos) em relação à população em idade ativa (de 15 a 59 anos). A razão caiu de 58,3 pessoas, em 2004, para 54,6, em 2013. Esses dados significam que, para cada 100 pessoas em idade ativa, havia 54,6 jovens ou idosos.
A tendência, no entanto, é que a razão de dependência volte a crescer nos próximos anos, porque, apesar da redução da população mais jovem, haverá aumento da população idosa. Em 2030, a razão subirá para 59,4. Em 2080, haverá mais dependentes do que pessoas em idade ativa: 104,5. Isto ocorrerá principalmente por causa dos idosos, já que haverá 76,1 pessoas nesta faixa etária para cada 100 pessoas em idade ativa.