Justiça decreta prisão preventiva de 4 PMs acusados no caso Amarildo

Denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Militar acusa o ex-comandante da UPP da Rocinha
Da Folhapress
Publicado em 17/12/2014 às 8:12


A juíza Ana Paula Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar, aceitou denúncia do Ministério Público e determinou, nessa terça-feira (16), a prisão preventiva de quatro policiais militares acusados de envolvimento no desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, em 2013, na favela da Rocinha (zona sul).

A denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Militar acusa o ex-comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, major Edson Raimundo dos Santos; o tenente PM Luiz Felipe de Medeiros; e os soldados Newland de Oliveira e Bruno Athanasio de corrupção ativa de duas testemunhas.

De acordo com a denúncia, a corrupção teria ocorrido durante a investigação do sumiço do morador da Rocinha. Os policiais teriam pago propina para que as testemunhas acusassem o traficante Thiago da Silva Neris, conhecido como Catatau, pela morte de Amarildo.

No entanto, durante a investigação, as testemunhas admitiram à Promotoria que receberam dinheiro dos policiais para mentir. Segundo a Promotoria, além de fraldas descartáveis, os PMs teriam pago R$ 850 e R$ 500 para que as testemunhas mentissem nos depoimentos. Os quatro policiais já estão presos por conta de uma medida cautelar.

O advogado Saulo Salles, que defende os dois oficiais denunciados, disse que a acusação não procede e que irá fazer a alegação da defesa em juízo. A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos dois soldados denunciados.

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