Campanha incentiva cariocas a doar sangue para aumentar estoque no carnaval

A meta da campanha deste ano é conseguir 400 doações de sangue e 40 doações de plaquetas até a próxima sexta-feira
Da ABr
Publicado em 09/02/2015 às 14:17
A meta da campanha deste ano é conseguir 400 doações de sangue e 40 doações de plaquetas até a próxima sexta-feira Foto: Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem


O Instituto Nacional do Câncer(Inca) iniciou nesta segunda-feira (9) a campanha “Bloco da Solidariedade – Tá na hora de doar”, no centro do Rio de Janeiro, iniciativa que completa 10 anos para conscientizar a população sobre a importância de doar sangue e plaquetas, pois durante os feriados prolongados, como o Carnaval, o estoque de sangue do Inca diminui cerca de 50%.

A abertura do bloco contou com os padrinhos da campanha, o dançarino Carlinhos de Jesus, a bailarina Ana Botafogo e a bateria da escola de samba Estação Primeira de Mangueira. A batucada e a alegria dos convidados animaram doadores, pacientes, acompanhantes e profissionais do Inca. Para Ana Botafogo, o bloco mais importante é o da solidariedade. “Lembramos as pessoas de doar sangue nesta época, porque todo mundo quer sambar e esquece que há muitas vidas esperando por essa doação”.

Carlinhos de Jesus acredita que as pessoas não devem esperar somente as campanhas dos órgãos públicos e precisam doar sempre. “Isso não é uma obrigação, é uma consciência. Eu acho que a iniciativa deve partir de todos que possam doar. Formamos uma sociedade e precisamos pensar no outro”, disse.

A meta da campanha deste ano é conseguir 400 doações de sangue e 40 doações de plaquetas até a próxima sexta-feira (13). De acordo com a chefe do serviço de hemoterapia do Inca, Iara Motta, o hospital precisa manter estoque suficiente para atender cerca de duas mil transfusões de sangue e plaquetas mensalmente. “Pacientes cirúrgicos e que fazem quimioterapia ou radioterapia e os portadores de leucemia precisam de transfusões de sangue regularmente”, alertou.

Iara explicou que o tratamento do câncer possui um diferencial: a necessidade de transfusões de um componente específico, as plaquetas, que têm vida útil de apenas cinco dias, enquanto as hemácias podem ser armazenadas por 35 dias. “Daí a necessidade de mobilizar a população para recebermos de forma contínua doadores de sangue e, principalmente, de plaquetas”, acrescentou Iara.

O Inca é a unidade pública de maior movimento de pacientes da cidade do Rio, depois dos hospitais de emergência. O instituto precisa que a doação de sangue seja um ato regular e lembra que homens podem doar sangue até quatro vezes por ano, com intervalo mínimo de 60 dias, e mulheres até três vezes, com intervalo de 90 dias. A doação de plaquetas pode ser feita com mais frequência – até 24 vezes por ano.

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