Em parceria com o Sistema S, instituições de ensino públicas e privadas, o Ministério da Educação está ofertando, neste ano, cerca de 1 milhão de vagas em cursos do Pronatec, programa de qualificação técnica e profissional.
O número representa uma queda de 66,6% em comparação ao montante ofertado no ano passado (3 milhões). Em 2014, a pasta atingiu a meta definida pelo governo federal, de um total de 8 milhões de matrículas.
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro Renato Janine (Educação) citou o quantitativo e reconheceu que este é um ano "muito difícil" -a pasta sofreu um corte de R$ 9,4 bilhões em seu orçamento.
"Estamos administrando isso com cuidado e carinho [para] evitar maiores prejuízos", afirmou aos congressistas, nesta quarta-feira (10).
Janine ponderou ainda que "em anos de vacas magras, temos que usar o máximo de critérios", em referência a mudanças em regras do Fies, por exemplo. O crédito estudantil teve redução de vagas no início do ano e deve sofrer aumento de juros no próximo semestre.
"Enquanto a economia não retoma seu crescimento, teremos dificuldades. [Os recursos] estão limitados e este ano estão tendo que administrar isso com cuidado", afirmou.
O Pronatec foi uma das principais bandeiras na área da educação na campanha para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. O objetivo agora é alcançar o patamar de 12 milhões nos próximos quatro anos.
Desde o lançamento do programa, em 2011, é a primeira vez que há redução na oferta de vagas. No ano do lançamento do Pronatec, foram 770 mil vagas; no ano seguinte o número chegou a 1,6 milhão; e em 2013, alcançou 2,7 milhões.