Ministério Público e PM investigarão policiais do Bope no caso Amarildo

Pedreiro desapareceu em junho de 2013, durante uma operação policial na comunidade da Rocinha, zona sul da cidade do Rio
Da ABr
Publicado em 23/06/2015 às 11:08
Pedreiro desapareceu em junho de 2013, durante uma operação policial na comunidade da Rocinha, zona sul da cidade do Rio Foto: Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil


O Comando-Geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro determinou a abertura de Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a possível participação de agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na ocultação do cadáver de Amarildo de Souza. O pedreiro desapareceu em junho de 2013, durante uma operação policial na comunidade da Rocinha, zona sul da cidade do Rio.

A abertura do IPM foi anunciada um dia após o Ministério Público do Estado (MP-RJ) anunciar que investigará a eventual atuação dos policiais, com base na análise de imagens de câmeras da comunidade e na informação do GPS (localizador por satélite) dos carros do Bope.

As imagens mostram quatro caminhonetes do Bope chegando no final da noite à base da UPP, onde, de acordo com o MP, Amarildo tinha acabado de ser torturado e morto. Depois de alguns minutos, os carros saem. As câmeras registram, na caçamba de uma das caminhonetes, um volume compatível com o de um corpo embalado, segundo o MP.

Essa mesma caminhonete teria ficado com o GPS desligado ao sair da base da UPP. O corpo de Amarildo nunca foi encontrado. Mesmo assim, pelo menos 20 policiais militares, integrantes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, foram denunciados pela tortura e morte do pedreiro.

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