Justiça decreta prisão de mais dois suspeitos pela morte de Eliza Samudio

Ao todo, sete pessoas já foram condenadas pelo homicídio de Samudio, cujo corpo jamais foi encontrado
Da Folhapress
Publicado em 12/07/2015 às 18:58


Após aceitar a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais, a Justiça decretou na sexta-feira (10) a prisão preventiva de mais duas pessoas suspeitas de participação nos crimes que culminaram na morte em 2010 da modelo Eliza Samudio, ex-amante do então goleiro Bruno.

Ao todo, sete pessoas já foram condenadas pelo homicídio de Samudio, cujo corpo jamais foi encontrado. Ex-atleta do Flamengo, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo mando e homicídio da ex-namorada.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, os dois já eram investigados em 2013. São eles o policial civil aposentado José Laurindo de Assis Filho, conhecido como Zezé, 50, e Gilson Costa, 48.

Zezé vai responder por suspeita de ter praticado seis crimes -entre eles, homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Já contra Costa, policial civil na ativa, a acusação é de crime de coação no curso do processo.

A Justiça decretou a prisão preventiva de Zezé, sob a alegação de que a liberdade do réu pode atrapalhar o andamento da instrução criminal.

"O simples fato de se tratar de um policial civil incute temor a testemunhas e aos demais envolvidos na sequência de crimes", disse o juiz Elexander Camargos Diniz, da Vara do Tribunal do Júri de Contagem.

Em relação a Costa, o magistrado alegou que ele deve ser proibido de se aproximar e manter contato com testemunhas, vítimas e informantes do processo.

Em seu despacho sobre o recebimento da denúncia, o juiz afirma que há prova da materialidade dos crimes e que há indícios de autoria dos fatos apontados pelo Ministério Público.

SIGILO

Como a ação penal foi proposta com base em elementos colhidos a partir da quebra do sigilo bancário e telefônico dos envolvidos, o juiz determinou o sigilo do processo, autorizando que apenas as partes e seus respectivos advogados tenham acesso aos autos.

Os suspeitos têm agora o prazo de dez dias para responder à acusação.

Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, posteriormente, o magistrado poderá determinar que eles sejam submetidos a júri popular ou não. Ainda não há uma data para que essa decisão ocorra.

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