O nível do Sistema Cantareira, o principal manancial de São Paulo, voltou a ficar estável após acumular 26 dias de quedas consecutivas, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta sexta-feira (28).
Responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas, o Cantareira opera nesta sexta com 15,8% da capacidade, mesmo índice registrado no dia anterior. O dado tradicionalmente divulgado pela Sabesp considera duas cotas de volume morto, adicionadas no ano passado.
Na região, a pluviometria do dia foi de 15,4 milímetros, superior à soma de todos os outros dias do mês (o valor acumulado até o momento é de 30,5 mm). Após chover forte nas últimas 24 horas, o sistema se aproximou da média histórica de agosto, de 34,4 mm.
Antes de iniciar a sequência negativa, o Cantareira estava com 18,7%: 2,9 pontos porcentuais a mais comparado a esta sexta. A última vez que o sistema registrou alta foi no dia 27 de julho, quando subiu de 18,8% para 18,9%. Antes, os reservatórios que compõem o sistema já haviam passado um mês sem aumentar o nível de água represada.
No cálculo negativo, o Cantareira se manteve estável com - 13 5%. O terceiro índice do sistema também não sofreu variação e aponta o manancial com 12,2%.
Outros mananciais
Passando por crise severa, o Alto Tietê foi o único sistema a registrar queda nesta sexta. O manancial está com 14,2% da capacidade, ante 14,3% no dia anterior. O índice já considera 39 4 bilhões de litros de água de uma cota de volume morto. Essa foi a 30º queda seguida do sistema.
Atualmente responsável por atender o maior número de habitantes de São Paulo (5,8 milhões), o Guarapiranga se manteve estável em 68,4% pelo segundo dia. Antes, os reservatórios que compõem o sistema chegaram a passar 30 dias só registrando baixas.
Os Sistemas Rio Grande, Rio Claro e Alto Cotia ganharam água represada. No primeiro, a alta foi de 0,2 ponto porcentual, levando o sistema a 82,2%. Os demais subiram 0,1 ponto, e operam com 60,4% e 53,9%, respectivamente.