Operação Uno desmonta quadrilha envolvida com contrabando de cigarros

As buscas ocorrem nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, Ceará e Pará
Da ABr
Publicado em 05/11/2015 às 10:55
As buscas ocorrem nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, Ceará e Pará Foto: Foto: divulgação


A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (5) sete pessoas durante a Operação Uno. A ação ocorreu em parceria com a Receita Federal e a Procuradoria da Fazenda Nacional, com o objetivo de desarticular uma quadrilha que atuava no mercado clandestino de cigarros. As buscas ocorrem nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, Ceará e Pará.

Mais de 200 policiais participam da ação – que conta com a ajuda de 90 servidores da Receita e quatro procuradores da Fazenda Nacional – para também cumprir sete mandados de prisão, sete de condução coercitiva e 50 de busca. A Justiça determinou que os policiais apreendam, como forma de garantir a futura cobrança de dívida, 59 imóveis, 47 veículos, além de bloqueis de contas bancárias. O patrimônio apreendido está estimado em R$ 80 milhões.

A Operação Uno é uma ramificação da Operação Sentinela, iniciada em setembro de 2014 com o propósito de combater crimes de contrabando. Durante essas investigações, a PF identificou a prática de outras infrações penais e tributárias. Usando empresas de fachada e laranjas, os investigados enviavam tabaco produzido no Brasil a fábricas paraguaias, o que configura uma situação de irregularidade na exportação. O produto retornava ao Brasil como cigarro industrializado contrabandeado.

O tabaco era enviado também a fábricas de cigarros clandestinas no Rio de Janeiro e em São Paulo. O grupo investigado poderá responder por diversos crimes, como associação criminosa, receptação e falsificação de documentos, sonegação fiscal, exportação irregular de fumo, contrabando de cigarros, adulteração de produtos entregues a consumo e pirataria de marcas registradas.

Estima-se que os criminosos tenham gerado prejuízos próximos a R$ 2,3 bilhões apenas com tributos não recolhidos.

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