Trabalhadores da Samarco no ES aprovam suspensão temporária de contrato

A suspensão vai durar três meses e, nesse período, os empregados serão afastados de seus postos de trabalho para participar de cursos de qualificação de mão de obra
Da ABr
Publicado em 15/01/2016 às 20:10
A suspensão vai durar três meses e, nesse período, os empregados serão afastados de seus postos de trabalho para participar de cursos de qualificação de mão de obra Foto: Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil


Os empregados da Samarco na unidade da empresa em Anchieta (ES) aprovaram em assembleia, na tarde desta sexta-feira (16), a proposta da mineradora para suspensão temporária do contrato de trabalho. A suspensão vai durar três meses e, nesse período, os empregados serão afastados de seus postos de trabalho para participar de cursos de qualificação de mão de obra oferecidos pela mineradora.

A suspensão temporária dos contratos de trabalho havia sido negociada pela Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton, e os sindicatos que representam os trabalhadores, mas precisava ser votada pelos empregados, que retornaram esta semana às unidades da empresa no Espírito Santo e em Minas Gerais.

Durante o afastamento, a Samarco vai oferecer uma ajuda compensatória mensal que, somada à bolsa de qualificação profissional – prevista nessa modalidade de suspensão de contrato –, vai garantir o salário nominal dos empregados, segundo a empresa. “O trabalhador receberá, assim, 100% do seu salário, tendo apenas o desconto do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social]”, informou o Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo (Sindimetal).

A proposta negociada pela mineradora também inclui a prorrogação do período de manutenção dos empregos. “O prazo originalmente previsto se encerraria em 1º de março e foi estendido para 25 de abril.”, diz comunicado da empresa. Segundo a Samarco, a proposta faz parte de um esforço para preservar as vagas de cerca de 3 mil empregados.

Os empregados interessados em aderir à suspensão terão que assinar um termo individual de concordância. Os que não concordam com a proposta vão ter seu contrato rescindido na modalidade “sem justa causa”, com todos os direitos trabalhistas previstos garantidos.

A assembleia dos empregados das unidades de Minas Gerais está em andamento e a votação deve ser concluída na noite desta sexta.

TAGS
mineração Samarco
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory