Uma egípcia que se acredita ser a mulher mais pesada do mundo voará para a Índia para ser submetida a uma cirurgia bariátrica neste sábado (11), após o ministro das Relações Exteriores desse país ter-lhe concedido um visto.
Eman Ahmed Abd El Aty, de 36 anos e com cerca de 500 quilos, deve chegar à capital financeira da Índia, Mumbai, na manhã de sábado, disse seu médico, Muffazal Lakdawala, em um comunicado.
A paciente será transportada em um Airbus especialmente modificado e será levada para o Hospital Saifee de Mumbai, acrescenta a nota.
pic.twitter.com/l6RfC5bWE4 https://t.co/7sVuAP7Kgh— Sushma Swaraj (@SushmaSwaraj) 10 de fevereiro de 2017
"Para prepará-la (Eman) para o voo, uma equipe de médicos esteve no Egito nos últimos dez dias para otimizar as condições da sua viagem", disse o comunicado.
A irmã de Abd El Aty abordou Lakdawala em outubro, dizendo que ela precisava de atenção médica urgente.
Sua família contou ao médico que, quando criança, Abd El Aty foi diagnosticada com elefantíase, uma condição que faz os membros e outras partes do corpo incharem, deixando-a quase imobilizada.
Mais adiante, Abd El Aty sofreu um AVC e ficou acamada, o que desencadeou uma série de doenças incluindo diabetes, hipertensão e apneia do sono.
Depois de ouvir sobre o caso, Lakdawala se ofereceu para realizar o procedimento gratuitamente.
Seu pedido de visto foi inicialmente rejeitado, o que levou Lakdawala a pedir socorro pelo Twitter, em dezembro passado, ao ministro indiano das Relações Exteriores, Sushma Swaraj, que lhe ofereceu ajuda.
Abd El Aty teve de esperar muito tempo para fazer a viagem. Devido às suas complicações de saúde, nenhuma linha aérea estava disposta a transportá-la do Egito para a Índia.
Se o peso alegado por Abd El Aty for provado medicamente, ela baterá o recorde da americana Pauline Potter (292 kg) e se tornará a mulher mais pesada do mundo viva.
A cirurgia bariátrica é cada vez mais comum na Índia, que tem um problema crescente de obesidade.
O país é um destino essencial para o turismo médico, visto que oferece serviços de qualidade a custos muito inferiores aos dos países ocidentais e sem listas de espera.