Mocidade abre mão de parte do prêmio pelo 1º lugar no carnaval 2017

A verde-e-branca não abriu mão do título, apenas da sua parte na premiação em dinheiro
Estadão Conteúdo
Publicado em 06/04/2017 às 18:10
A verde-e-branca não abriu mão do título, apenas da sua parte na premiação em dinheiro Foto: Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil


A Mocidade Independente de Padre Miguel abriu mão da parte do prêmio em dinheiro a que teria direito pelo primeiro lugar conquistado no carnaval 2017. A divisão do valor foi uma das questões levantadas pela Portela, declarada campeã em março, durante a reunião plenária em que foi julgado o recurso da Mocidade. A escola já recebeu a quantia. O valor do prêmio, não divulgado oficialmente, é de cerca de R$ 1 milhão.

O vice-presidente da Mocidade, Rodrigo Pacheco, reconhece que o fato de a escola não pleitear a divisão do prêmio "simplificou" as discussões. "Se envolvesse a parte financeira seria mais difícil, teriam de avaliar de onde retirar o recurso, já que a Portela já gastou o prêmio. Mas o nosso fator primordial era o reconhecimento da qualidade do nosso trabalho. A Mocidade estava havia 21 anos sem o título", afirmou.

A verde-e-branca apresentou recurso depois que um jurado retirou um décimo da escola por não ter apresentado um destaque de chão no desfile. O jurado se baseou numa versão antiga do livro Abre-alas. Na segunda versão, não entregue ao julgador, o destaque já não era previsto.

"Foi um erro material. Não questionamos a avaliação de jurado algum no aspecto técnico ou subjetivo. Ele elogiou o desfile e só tirou um décimo por causa da falta desse destaque, mas julgou com um livro desatualizado. Nunca tinha acontecido caso de erro material como ocorreu desta vez", afirmou.

Reação da Portela

Em plenária da Liga das Escolas de Samba, a maioria votou pela divisão do título entre Mocidade e Portela. Foram 7 votos a favor e cinco abstenções. A Portela foi o único voto contra.

A Portela convocou entrevista coletiva para as 17 horas desta quinta-feira (6), mas não adiantou o assunto. "Em momento algum cogitamos brigar pelo título só para a Mocidade. Se eles forem à Justiça, corre até mesmo o risco do não reconhecimento do primeiro lugar. Porque pelo critério de desempate, nossa nota fica maior que a deles", afirmou Pacheco.

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