Funai se reúne com lideranças indígenas para ouvir reivindicações

O presidente da Funai se reunirá hoje (20) com representantes da Aldeia Kururuzinho para ouvir as reivindicações de comunidades indígenas locais
Agência Brasil
Publicado em 20/07/2017 às 12:47
O presidente da Funai se reunirá hoje (20) com representantes da Aldeia Kururuzinho para ouvir as reivindicações de comunidades indígenas locais. Foto: Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil


O presidente da Funai, Franklimberg de Freitas, se reunirá hoje (20) com representantes da Aldeia Kururuzinho, em Jacareacanga (PA), para ouvir as reivindicações de comunidades indígenas locais. Na quarta-feira (19) ele se reuniu com lideranças indígenas das etnias Munduruku e Kayabi para discutir a saída de 200 índios que ocuparam o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica São Manoel (UHSM).

Segundo a Funai, os 200 índios reivindicam a demarcação e homologação da terra Sawré Muyubu (o local é sagrado para a etnia); a devolução de urnas funerárias que os Mudurukus enterraram onde está sendo construída a usina, e que o consórcio responsável pela construção deposite as urnas em um novo local indicado por eles.

"Sabemos que as reivindicações dos Munduruku e dos povos da região são legítimas e viemos em busca de um diálogo para que eles tenham seus direitos resguardados, conforme determina a Constituição e a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) ", ressaltou Franklimberg.

Dentre outras reivindicações, o respeito ao direito à consulta aos povos das etnias locais e a criação de um fundo onde empresas destinem recursos para a construção de uma universidade indígena na região, são exigidas pelas lideranças indígenas.

A usina

A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. A UHSM fica localizada próxima à fronteira do Pará com o Mato Grosso em um trecho do rio Teles Pires. Segundo o consórcio construtor da usina, a projeção é que a UHSM produza 700 megawatts de energia. A obra teve início em 2014 e tem previsão de conclusão para maio do próximo ano.

Até o fechamento da matéria, a Funai não havia informado se houve conciliação entre o consórcio e as lideranças indígenas para a desocupação e a retomada do andamento das obras.

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