Morre bebê baleado na barriga da mãe na Baixada Fluminense

Arthur estava internado desde o dia 30 de junho, após ser baleado ser atingido por uma bala perdida ainda quando estava na barriga da mãe
Estadão Conteúdo
Publicado em 30/07/2017 às 18:53
Arthur estava internado desde o dia 30 de junho, após ser baleado ser atingido por uma bala perdida ainda quando estava na barriga da mãe Foto: Reprodução


O bebê Arthur Cosme de Melo, atingido por uma bala perdida quando ainda estava dentro da barriga da mãe, em 30 de junho, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), e que desde então estava internado, morreu às 14h05 deste domingo (30) em decorrência de uma hemorragia digestiva, segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio.

Arthur estava no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. Segundo a Secretaria de Saúde, Arthur sofreu a hemorragia às 5h30 e seu quadro clínico se agravou nas horas seguintes, levando à morte durante a tarde.

"A família do paciente foi informada e esteve na unidade ainda pela manhã, recebeu todas as informações sobre o estado de saúde do paciente, que esteve gravíssimo nas últimas horas. Todos os procedimentos para reverter o quadro foram adotados, porém não houve resposta clínica do paciente. A família foi imediatamente informada e esteve novamente reunida com a chefia da UTI Neonatal e equipe médica. O corpo do paciente será encaminhado ao Instituto Médico Legal, procedimento que é padrão em casos de violência (vítima de perfuração por arma de fogo, como é o caso)", informa nota da pasta.

O caso

A operadora de caixa Claudinéia dos Santos Melo, de 29 anos, estava a caminho de um mercado nas imediações da favela do Lixão, em Duque de Caxias, quando foi atingida por um tiro. Grávida de 39 semanas, ela estava com o parto normal agendado para 13 de julho. Socorrida ao Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo, foi submetida a uma cesariana de emergência

Arthur nasceu com os dois pulmões perfurados pelo tiro, que também causou uma hemorragia cerebral e fraturas nas vértebras T3 e T4, atingidas por estilhaços de ossos. Transferido para o Hospital Adão Pereira Nunes, ele permaneceu internado na UTI neonatal, com dreno nos pulmões e respiração por aparelhos. Caso sobrevivesse, Arthur corria o risco de ficar paraplégico.

Também ferida, Claudinéia ficou internada no Hospital Moacyr Rodrigues do Carmo até 6 de julho, quando recebeu alta.

A Polícia Civil ainda não descobriu o autor do tiro que atingiu a mulher e o bebê. O caso é investigado pela 59º DP (Duque de Caixas). Policiais militares contaram que estavam saindo da favela do Lixão quando foram atacados a tiros por criminosos, e não revidaram.

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