Uma agência estatal dos Estados Unidos recomendou, nesta sexta-feira (16), que aqueles que planejam viajar para o Brasil se vacinem contra a febre amarela ou evitem visitá-lo sem se imunizar devido a um surto mortal do vírus no país.
Desde o início de 2017, o vírus se estendeu a vários estados do leste do Brasil, "incluindo áreas onde tradicionalmente não se considerava a febre amarela como um risco", segundo um relatório dos Centro para o Controle e a Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).
"Estejam protegidos ou não vão", recomendou Marty Cetron, diretor da divisão de quarentena e migração global dos CDC.
As áreas afetadas incluem os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, incluindo áreas próximas à cidade de São Paulo.
Até agora quatro turistas internacionais morreram pelo surto de febre amarela no Brasil.
As autoridades advertiram especificamente sobre Ilha Grande, no litoral do Rio, onde oito turistas estrangeiros contraíram o vírus, entre eles as quatro vítimas fatais.
Cetron advertiu que a intensidade da transmissão é "muito incomum" e que o risco para os viajantes é "algo sem precedentes".
A febre amarela é uma doença transmitida por mosquitos que com frequência não causa sintomas. Algumas pessoas podem experimentar febre e náuseas, mas em cerca de 15% dos casos a infecção pode se tornar grave e provocar icterícia e falência múltipla dos órgãos.
A vacina deve ser tomada ao menos 10 dias antes da viagem.
Os funcionários de saúde do Brasil confirmaram 920 casos de febre amarela, incluindo mais de 300 mortes desde julho de 2017, números muito mais altos que os do ano anterior, quando se registrou 196 mortes.