Entre as dezenas de mulheres que denunciaram o médium João de Deus por assédio sexual, está a própria filha dele, Dalva Teixeira. Segundo a Revista Marie Claire, ela denuncia que foi estuprada diversas vezes pelo pai quando ainda era criança. Ainda conforme a reportagem, Dalva está escondida por motivo de segurança, e é representada pelo Advogado Marcos Bocchini em um processo movido neste ano e que corre sob sigilo da Justiça de Goiás.
As fontes ouvidas pela revista relatam que a filha pede uma indenização de R$ 50 milhões por danos morais sofridos em razão do estupro continuado.
Por não manter contato com a imprensa, Dalva está sendo representada por Sabrina Bittencourt, ativista social pelos direitos humanos e Doutora Honoris Causa por seu trabalho humanitário pela UCEM - Universidad del Centro, no México, que age juntamente com o advogado em favor da vítima. Segundo ela relatou à Marie Claire, os filhos de Dalva entraram com um processo contra o avô em 2017 para tentar atenuar o sofrimento da mãe, mas foram coagidos – na mesma época – a gravar um vídeo desmentindo a acusação de abuso.
Este vídeo, gravado há um ano, foi publicado nesta terça-feira (11) no Instagram do médium, como se fosse atual, após a repercussão da notícia. A declaração de Dalva no vídeo aconteceu após ela ser coagida pelo pai a desmentir a denúncia, conforme relata a ativista Sabrina.
“A Dalva só pode falar em audiência e foi coagida a fazer um vídeo em 2017, que foi divulgado agora como se ela o tivesse feito hoje, como se fosse um vídeo deste ano. Dalva foi internada contra a própria vontade e ficou sedada por muito tempo. A equipe do João foi até a clínica e a obrigou a gravá-lo. Se ela não fizesse isso, os filhos dela seriam mortos, diz a revista. Por conta disso, ela não seguiu com o processo. Ela conseguiu sair da internação e hoje tem sido ameaçada de morte pelos capangas do João de Deus”, conta a porta-voz da vítima.
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