Parentes do sequestrador de ônibus no Rio pedem desculpas pela ação do homem

Governador Wilson Witzel (PSC) assegurou que cuidaria não apenas dos 37 reféns, mas também da família do homem morto
JC Online
Publicado em 20/08/2019 às 10:55
Foto: Foto: Mauro Pimentel / AFP


O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse em pronunciamento realizado após o desfecho do sequestro em ônibus no Rio de Janeiro, que conversou com parentes do sequestrador, e eles pediram desculpas à população e aos reféns pelo comportamento do jovem. "Falaram que houve uma falha na educação, a mãe dele estava chorando muito", disse o governador. O governador informou que a recém-criada Secretaria de Vitimização irá cuidar não apenas dos 37 reféns, mas também da família do homem morto.

Witzel afirmou que o desfecho não foi o que ele queria, mas defendeu a tática policial no caso. "O ideal era que todos saíssem com vida, mas tomamos a decisão de salvar os reféns. (Tomamos a decisão de) solucionar o problema rapidamente, foi um trabalho muito técnico da polícia, que usou atiradores de elite, eu fiquei monitorando o tempo todo".

Sequestrador morre no local

Após quase quatro horas, o sequestro de um ônibus na Ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro teve o seu desfecho. De acordo com o Coronel Mauro Fliess, porta-voz da Polícia Militar, William Augusto Nascimento, de 20 anos, morreu após ser atingido na perna por um atirador de elite. O revólver que o homem portava, de acordo com as autoridades, era de brinquedo. Nenhum dos 37 passageiros foi ferido e todos recebem cuidados médicos por procedimento de rotina.

O homem, que se identificou como policial militar para entrar no ônibus, não fez nenhuma demanda específica para liberar os reféns. Além da arma falsa, o criminoso portava gasolina e uma arma de choque, e ameaçava tocar fogo no coletivo. A motivação do crime não foi descoberta.

O sequestro

Por volta das 5h30 da manhã desta terça-feira, um homem armado entrou no ônibus de linha 2520, que sai do Jardim Alcântara, em São Gonçalo, em direção ao Estácio, na região Central do Rio, e obrigou o motorista a atravessar o coletivo na pista, na altura do vão central.

Segundo entrevista de refém, o criminoso entrou no veículo e anunciou o sequestro. Pediu que as vítimas fechassem as cortinas e que uma das passageiras amarrassem as mãos das vítimas. O sequestrador deixou claro para os reféns que não iria incendiar o ônibus.

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