A forte chuva que atinge o Sul do Japão, nos últimos seis dias, causou pelo menos 27 mortes nas províncias de Kumamoto, Oita e Fukuoka. De acordo com a agência japonesa de meteorologia, o pior passou. No entanto, a previsão é mais chuva e trovoadas nas próximas horas, principalmente nas províncias de Saga e Nagasaki. Pelos dados oficiais, 2,8 mil casas foram afetadas pela chuva e 145 ficaram destruídas após os tremores de terra.
Paralelamente, os japoneses saem às ruas para protestar contra a abertura das praias que ficam ao redor da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do país. Uma praia em Iwaki, na província de Fukushima, obteve hoje autorização para reabrir este verão, tendo sido a primeira na região a receber banhistas depois do acidente nuclear de 11 de março de 2011.
De acordo com as autoridades de Iwaki, a concentração de radiação na água do mar é baixa e não representa riscos para a saúde, por isso foi autorizado o acesso à praia. Os acidentes nucleares em Fukushima foram apontados como piores do que o de Chernobil, na Rússia.
Os vazamentos e explosões radiativos afetaram a produção agrícola, a criação de gado e a pesca da região, tendo ainda forçado a retirada de cerca de 80 mil pessoas em um raio de exclusão de 20 quilômetros ao redor da central.
A Tokyo Electric Power (Tepco), que administra a usina nuclear, informou que água radioativa escapou para o mar. Desde o início da crise nuclear, as autoridades japonesas fizeram testes para analisar o impacto do acidente sobre a vida marinha.