O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, tirou licença médica em meio à crise política no país. Comunicado publicado no site da presidência nesta quinta-feira diz que Yanukovych apresenta uma doença respiratória aguda e febre alta. Não há informações que indiquem quanto tempo ele ficará afastado ou se conseguirá fazer qualquer tipo de atividade ligada ao trabalho.
Há dois meses o presidente está sob crescente pressão de manifestantes que querem sua renúncia e eleições antecipadas.
Numa série de medidas com o objetivo de resolver a crise, nesta semana o Parlamento votou pela revogação de uma série de leis contra as manifestações, embora o presidente ainda deva assinar formalmente a decisão. Yanukovych também aceitou a renúncia de seu primeiro-ministro, mas os manifestantes consideram as medidas insuficientes.
Na noite de quarta-feira, o presidente fez uma visita ao Parlamento, antes de aprovar uma medida que oferece anistia a alguns dos manifestantes detidos nos dois meses de protestos, mas apenas se os manifestantes saírem da maior parte dos edifícios do governo que ocuparam nos últimos dias. A oferta foi rapidamente rejeitada pela oposição.
A oposição considera as prisões feitas durante os protestos - 328, pelas contas dos parlamentares - como fundamentalmente ilegítimas.
Os manifestantes exigem a renúncia de Yanukovych, eleições antecipadas e a demissão de autoridades responsáveis pelas ações violentas da polícia durante os protestos. As manifestações contra o governo tiveram início depois de Yanukovych ter desistido de assinar um aguardado acordo que aprofundaria as ligações do país com a União Europeia (UE), mas rapidamente passaram a abranger uma grande variedade de temas como o descontentamento com a corrupção, atuação policial e decisões judiciais duvidosas.