O governo haitiano e a ONU lançaram um pedido de ajuda para fazer frente à seca que afeta o noroeste do país e causa uma situação de insegurança alimentar aguda, informaram fontes do organismos internacional.
Uma delegação conjunta do governo e das Nações Unidas viajou na semana passada às localidades afetadas, nas quais o Programa Mundial de Alimentos (PMA) já distribuiu 1.500 toneladas de produtos alimentício a 164.000 pessoas em situação vulnerável, principalmente mulheres e crianças.
"A situação é preocupante e requer uma assistência alimentar e nutricional urgente", declarou Peter de Clercq, coordenador humanitário da ONU no Haiti, após sobrevoar a área indicada.
De acordo com estatísticas fornecidas pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CNSA), 43% das famílias na região nordeste do Haiti sofrem com a escassez de alimentos, quando a média nacional é de 30%. Em algumas localidades foi detectada uma taxa de 4,9% de desnutrição aguda.
"Esta situação de insegurança alimentar crônica está ligada a um momento menos favorável para a agricultura. Nas zonas secas do departamento, os cultivos estão sendo gravemente afetados pela falta de chuva", explicou o CNSA.
"Há outras regiões do Haiti que estão na mesma situação" de desnutrição, diz o coordenador da ONU, que estima em 600 mil o número de pessoas afetadas pela "insegurança alimentar".
"Precisamos de ajuda urgente e uma resposta de longo prazo também é necessária", afirma.