Holanda descobre como fazer a datação das impressões digitais

Se as condições de conservação da impressão forem conhecidas, será possível datá-la com certa exatidão, com uma margem de um ou dois dias, e isso até 15 dias depois de ter sido deixada
Da AFP
Publicado em 04/06/2014 às 14:40
Se as condições de conservação da impressão forem conhecidas, será possível datá-la com certa exatidão, com uma margem de um ou dois dias, e isso até 15 dias depois de ter sido deixada Foto: Foto: THOMAS SAMSON / AFP


O Instituto Médico Legal holandês anunciou nesta quarta-feira (4) que já pode fazer a datação com precisão das impressões digitais, uma importante descoberta que permitirá determinar a idade das digitais deixadas na cena de um crime.

"É uma descoberta muito importante", assegura Marcel de Puit, pesquisador do IML e especialista em impressões digitais, enfatizando que se trata de um achado mundial inédito.

"A polícia geralmente nos pede para datar as impressões achadas na cena de um crime. Poder datar as impressões permite determinar quando um potencial suspeito se encontrava no local do crime ou que impressões são pertinentes ou não para uma investigação", acrescenta.

Quando uma pessoa toca um objeto, deixa uma impressão, a marca de sua pele, que é constituída por suor e gordura, além de colesterol, aminoácidos e proteínas.

"Os componentes químicos destas impressões podem ser analisadas. Algumas desaparecem com o tempo e é a proporção desses elementos químicos em relação aos outros que permite datar a impressão", explica.

Se as condições de conservação da impressão forem conhecidas - o calor e o frio terão uma diferente influência nos componentes químicos -, será possível datá-la com certa exatidão, com uma margem de um ou dois dias, e isso até 15 dias depois de ter sido deixada. Além desse tempo, este método é ineficaz", concluiu.

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