Malásia e Holanda discutem acesso a Ucrânia

Havia 193 holandeses e 43 malaios no avião quando ele foi derrubado no leste da Ucrânia em 17 de julho enquanto voava de Amsterdam a Kuala Lumpur
Ulysses Gadêlha
Publicado em 26/07/2014 às 11:16


O primeiro-ministro da Malásia Najib Razak vai viajar à Holanda na quarta-feira para discutir a queda do avião MH17 da Malaysia Airlines com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte. 

Najib disse em um comunicado neste sábado que ele e Rutte vão discutir a garantia de acesso total ao local onde caiu o avião na Ucrânia. Ele afirmou ainda que os dois vão determinar se profissionais malaios podem ajudar a agilizar o processo de identificação das vítimas. 

Havia 193 holandeses e 43 malaios no avião quando ele foi derrubado no leste da Ucrânia em 17 de julho enquanto voava de Amsterdam a Kuala Lumpur. Todos a bordo morreram. A aeronave caiu em um território controlado por rebeldes pró-Rússia, os quais têm sido acusados por grande parte da comunidade internacional de terem disparado um míssil contra o avião.

Najib costurou um acordo com o líder rebelde do leste da Ucrânia Alexander Borodai, na segunda-feira para assegurar o acesso a caixa-preta do avião e aos restos mortais das vítimas. 

"Minha prioridade agora é garantir que a terceira parte do acordo seja honrada, e que os investigadores internacionais tenham acesso total e seguro ao local", disse o premiê malaio em nota. "Isso vai exigir a cooperação daqueles em controle da região e das forças armadas ucranianas", completou. 

Um time de três investigadores malaios visitou o local onde caiu o avião três vezes até agora, de acordo com o comunicado. Eles foram acompanhados por três investigadores holandeses e por outro da Organização da Aviação Civil Internacional. O grupo conseguiu observar o local e tirar fotos. "Entretanto, não conseguiram visitar todo o espaço, dado seu grande tamanho", disse o comunicado. 

O time malaio acredita que pelo menos mais 30 investigadores serão necessários para visitar toda a região. "Infelizmente, eventos em terra, incluindo os atuais conflitos entre forças ucranianas e separatistas, impedem que um contingente tão grande de investigadores esteja presente", concluiu o primeiro-ministro da Malásia.

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