O Irã expressou nesta quinta-feira (11) dúvidas sobre a "seriedade e sinceridade" da coligação internacional que os Estados Unidos querem construir na luta contra o Estado Islâmico (EI), o grupo radical que tomou vastas áreas de território na Síria e no Iraque. "Há incertezas sobre a chamada coligação internacional (contra o Estado Islâmico)", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Marzieh Afkham.
"Pode se questionar a sua seriedade e sinceridade para lidar com as verdadeiras causas do terrorismo", acrescentou Afkham, poucas horas após o discurso do presidente norte-americano, Barack Obama, em que prometeu destruir o movimento fundamentalista sunita. Para o Irã, país xiita, alguns países da coligação têm dado "apoio financeiro" a esses terroristas islâmicos no Iraque e na Síria.
Barack Obama apresentou na quarta-feira à noite (10), em um discurso à nação, a estratégia militar dos Estados Unidos para destruir o Estado Islâmico. O plano anunciado prevê ataques aéreos sistemáticos na Síria, o reforço da campanha em curso no Iraque, a perseguição em qualquer parte do mundo aos membros do Estado Islâmico e a criação de uma coligação internacional, que deverá ganhar forma até a próxima Assembleia Geral das Nações Unidas, prevista para o final deste mês.