Em discurso no Congresso dos Estados Unidos, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, descreveu a guerra contra separatistas pró-Rússia como a vanguarda da luta global por liberdade e democracia e pediu ao governo norte-americano que aumente significativamente sua assistência militar a Kiev. De acordo com o presidente, a campanha de Moscou contra a Ucrânia é "um dos atos mais cínicos de traição da história moderna".
Em um discurso emocionado, Poroshenko advertiu o Ocidente que há muito mais em jogo do que o futuro da Ucrânia. "O resultado da guerra de hoje vai determinar se seremos forçados a aceitar a realidade de uma Europa escura, despedaçada e amarga como parte de uma nova ordem mundial", disse Poroshenko.
O presidente ucraniano saudou as Forças Armadas e os voluntários ucranianos que têm lutado com pesadas baixas na guerra que teve início com a anexação russa da Crimeia e se espalhou para o leste ucraniano.
"Estes jovens, com poucos equipamentos e geralmente desvalorizados pelo mundo, são a única coisa que agora está entre a realidade de uma coexistência pacífica e o pesadelo de uma completa recaída no século passado e na Guerra Fria", afirmou.
Embora Kiev e os separatistas tenham concordado com um cessar-fogo, no início deste mês, novas ofensivas russas têm forçado as forças russas a recuar. O acordo de paz é instável e há muitas perguntas sobre o status dos territórios tomados pelos insurgentes.