A Comissão Europeia pode estar entre os alvos de jihadistas que voltaram da Síria, anunciou nesse sábado (20) a rede de rádio e televisão holandesa pública NOS.
De acordo com a NOS, pelo menos duas pessoas detidas pelas autoridades belgas são provenientes da Holanda.
"Elas preparavam um atentado. Um dos alvos era o prédio da Comissão Europeia em Bruxelas", indicou a NOS, citando fontes anônimas.
"Os comissários não eram considerados alvos individualmente. A ação deveria ser parecida com a do ataque ao Museu Judaico (...) com o objetivo de matar o máximo de pessoas", acrescentou a NOS.
O suspeito do atentado ao Museu Judaico de Bruxelas em maio, que deixou quatro mortos, é o francês Mehdi Nemmouche, que havia passado mais de um ano na Síria entre extremistas islâmicos e está atualmente preso na Bélgica, acusado de "assassinato ligado a um plano terrorista".
"Estamos a par da informação", declarou à AFP um porta-voz da Comissão. "Estamos seguros de que as autoridades nacionais acompanham o caso da maneira apropriada".
Nos prédios da Comissão em Bruxelas trabalham milhares de pessoas, incluindo autoridades responsáveis pela gestão da União Europeia e de seus 28 países.
Bruxelas abriga também o quartel-general da Otan e as sedes de várias empresas e organizações internacionais. Mas as medidas de segurança são discretas.
O jornal belga L'Echo havia informado antes que as autoridades belgas impediram vários atentados de jihadistas que tinham voltado ao país depois de terem combatido na Síria e são simpatizantes do grupo Estado Islâmico (EI).
Estima-se em cerca de 400 o número de pessoas de nacionalidade belga que foram lutar na Síria, sendo que por volta de 90 retornaram, segundo l'Echo.