O presidente da Bolívia, Evo Morales, comemorou a reeleição para o terceiro mandato no domingo, apesar da contagem oficial de votos não ter chegado ao fim. Segundo pesquisa do instituto Ipsos, encomendada pela rede de TV ATB, Morales venceu o pleito com 60% dos votos. Seu principal concorrente, o magnata do cimento Samuel Doria Medina, teria recebido um quarto dos votos.
A contagem recomeçou no início da manhã desta segunda-feira e deverá trazer os primeiros resultados oficiais ainda hoje.
Apesar disso, os partidários de Morales foram às ruas celebrar a conquista e o presidente fez um discurso de vitória na sede do governo, em La Paz. Em sua declaração, Morales dedicou a reeleição a Fidel Castro e a Hugo Chávez, líder venezuelano morto em 2013.
"Foi um triunfo dos anti-colonialistas e anti-imperialistas", afirmou. "Vamos continuar crescendo e dar seguimento ao processo de libertação econômica". Doria Medina, seu principal opositor, também assumiu a derrota na noite do domingo e prometeu "continuar trabalhando por um país melhor".
Morales venceu as eleições em oito dos nove Estados bolivianos, incluindo Santa Cruz, um centro do agronegócio que era reduto da oposição. Segundo o Ipsos, o presidente recebeu 51% dos votos da região.
A Corte do país decidiu no ano passado que Morales poderia concorrer a um terceiro mandato porque sua primeira gestão havia precedido a nova Constituição. Ele não disse, contudo, se pretende concorrer a um quarto mandato, afirmando apenas que iria "respeitar a Constituição".
Para conseguir uma quarta vitória nas urnas, Morales precisaria manter o atual controle de dois terços do Congresso e aprovar uma reforma constitucional. A pesquisa do Ipsos, no entanto, indica que houve um possível fracasso do partido Movimento Ao Socialismo em conquistar esse quórum nas eleições gerais.