A aprovação do executivo-chefe de Hong Kong, Leung Chun-ying, caiu sensivelmente dias após começarem os protestos em favor da democracia, segundo a última pesquisa de opinião realizada pela Universidade de Hong Kong.
O apoio à gestão de Leung caiu para 40,6% , ante o resultado anterior de 43,2%. A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 9 de outubro, pouco tempo após o início das manifestações, em 28 de setembro. A última medição indica o segundo pior resultado para a aprovação de Leung no território semiautônomo.
Por outro lado, o apoio de três de seus principais encarregados cresceu na pesquisa. O apoio ao secretário-chefe Carrie Lam, a segunda maior autoridade em Hong Kong, subiu 1,1 ponto porcentual, para 56,3%. A aprovação do secretário de finanças John Tsang aumentou 3,9 pontos, para 58,7%, e a do secretário de justiça Rimsky Yuen cresceu dois pontos, para 47%.
Lam e Yuen haviam marcado um encontro com os líderes estudantis do protesto, que deveria ter ocorrido na semana passada, mas a reunião foi desmarcada pelo governo após o secretário-chefe descrever "mudanças nas demandas" dos estudantes.
Milhares de manifestantes continuam a paralisar as ruas no centro financeiro e comercial de Hong Kong, após a polícia ter tentado dispersar os integrantes do protesto com bombas de gás lacrimogêneo em setembro. O fracasso da operação levou as autoridades a mudar a abordagem para enfraquecer o movimento e, nesta terça-feira, os policiais passaram a remover barricadas dos manifestantes para liberar algumas das ruas.
Os manifestantes exigem a renúncia do executivo-chefe de Hong Kong, em parte porque acreditam que ele tem falhado em conduzir reformas democráticas na cidade. Leung, contudo, afirma que não irá renunciar e autoridades chinesas têm manifestado apoio à sua gestão.
Em agosto, o governo chinês anunciou que irá "filtrar" os candidatos às eleições de 2017, a primeira a ser realizada de modo direto. Os integrantes do protesto também demandam que Pequim volte atrás e retire a decisão.