O Banco Mundial anunciou nesta quinta-feira a liberação de 100 milhões de dólares adicionais para acelerar o envio de profissionais de saúde estrangeiros aos países africanos afetados pela epidemia do Ebola.
"A resposta mundial à crise do Ebola se intensificou muito nas últimas semanas, mas ainda sofremos com uma grave escassez de de equipes de saúde nas zonas de infecção mais fortes", afirmou o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.
Segundo a ONU, seria necessário o envio de 5.000 profissionais da saúde estrangeiros para Guiné, Libéria e Serra Leoa, os três países mais afetados pela epidemia de febre hemorrágica que provocou quase 5.000 mortes.
Os recursos liberados pelo Banco Mundial devem financiar especialmente a criação de um centro de coordenação instalado em Gana e que ficará responsável por "recrutar, formar e enviar" equipes médicas aos três países, segundo um comunicado.
A quantia deve permitir a aproximação das metas fixadas no início de outubro pela comunidade internacional: isolar e tratar 70% dos casos suspeitos, além de assegurar o enterro de 70% das vítimas nos próximos 60 dias.
"Devemos encontrar todos os recursos possíveis para eliminar as barreiras que impedem aos trabalhadores do setor de saúde estrangeiros de cumprir com sua missão", disse Kim.
No total, o Banco Mundial anunciou a liberação de 500 milhões de dólares para controlar a epidemia, dos quais 177 foram efetivamente desembolsados, segundo um comunicado.