O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, determinou o aumento de 15% no salário mínimo nacional em uma tentativa de proteger a renda dos trabalhadores da inflação, que está em mais de 60% no ano. A medida entra em vigor em dezembro, após um ganho de 30% em abril e de 10% em janeiro.
O salário mínimo vai subir para 4.889 bolívares venezuelanos por mês, o equivalente a US$ 776,00 à taxa de câmbio oficial e menos de US$ 50,00 na taxa cobrada no mercado negro, amplamente usado para definir muitos preços.
De acordo com Maduro, o aumento é necessário para defender os ganhos dos trabalhadores da inflação, que ele atribui a uma guerra econômica que seus inimigos estão travando no país. A Venezuela tem a maior inflação do mundo, segundo algumas estimativas. Críticos dizem que o governo está imprimindo muito dinheiro e economistas acreditam que o aumento dos salários pode alimentar uma espiral inflacionária.
A medida foi anunciada uma semana após o presidente subir os salários dos militares em 45%, recebendo críticas da oposição e de alguns trabalhadores. Os militares tem tido aumentos de cerca de 500% desde o início da revolução socialista na Venezuela, em 1999.