Reino Unido e Alemanha fizeram um novo acordo para aproximar a Bósnia de uma possível integração à União Europeia. Os planos incluem a postergação de algumas questões espinhosas sobre a preservação de direitos de minorias, em troca da implementação de reformas econômicas que devem reduzir a burocracia do país e fortalecer o Estado de Direito.
Em troca, os países europeus irão colocar em prática o acordo de estabilização e associação assinado em 2008, fazendo com que a Bósnia dê um novo passo para conseguir sua entrada no grupo.
A mudança foi bem-vinda pelos Estados Unidos e pela União Europeia. A chefe de política externa do bloco, Federica Mogherini, afirmou em declaração nesta quinta-feira que a iniciativa ocorre em momento em que "um novo espírito é necessário para lidar efetivamente com as reformas".
Ainda não se sabe, contudo, se a Bósnia poderá se posicionar favoravelmente à entrada no bloco. A Constituição do país, formulada como parte do acordo de paz que encerrou a guerra civil, impede que integrantes de minorias sejam eleitos para a Presidência ou o Senado. A medida tem por objetivo garantir que o poder fosse distribuído entre os bósnios, sérvios e croatas.
No entanto, os sérvios têm agido para impedir os esforços de fortalecer as instituições governamentais, pois querem poder para o seu próprio Estado, às custas da Bósnia como um todo.